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Cotonicultores terão mais facilidades em financiamentos

Pandemia impactou diretamente nos hábitos da população, promovendo a queda no consumo do algodão


Foto: Divulgação

Em meio às incertezas do mercado diante da Codvid-19, duas vitórias renovam os ânimos dos cotonicultores brasileiros. A primeira delas foi o aumento do limite por CPF para o crédito para investimento em armazenagem dos estoques atuais através da linha do FEE – Financiamento Especial para Estocagem de Produtos Agropecuários - que antes era de R$ 4,5 milhões e passou a ser de R$ 32,5, com juros de 6% ao ano. A outra boa notícia, publicada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) ontem (30), alterou o preço de referência para as operações de FEE do algodão para patamares mais acessíveis ao produtor.

Na prática, o Conselho Monetário Nacional votou e o Banco Central publicou a Resolução CMN n° 4.839 que alterou o preço de referência para as operações de Financiamento Especial para Estocagem de Produtos Agropecuários (FEE) de algodão em pluma, autorizando as instituições financeiras a considerar o indicador de preços do algodão em pluma CEPEA/ESALQ/USP como valor base para o financiamento FEE. "Essa é a melhor notícia de 2020 para o setor. Isso vai permitir ao Brasil se manter no jogo do mercado mundial, apresentando a estabilidade na oferta e tendo acesso ao financiamento em condições mais reais", explicou o Presidente da Abrapa, Milton Garbugio, ressaltando que a diferença entre o preço mínimo vigente e o Índice Esalq está, hoje, em 30%.

Isso significa que, com a medida aprovada, o produtor que se habilitar a esse recurso, necessitará de 30% a menos de algodão para capturar o mesmo recurso desse empréstimo para estocagem. De acordo com Garbugio, a pandemia impactou diretamente nos hábitos da população, promovendo a queda no consumo do algodão. "E a exceção aberta pelo CMN trouxe um pouco de alívio para o cotonicultor brasileiro, porque facilita o acesso ao financiamento de maneira mais justa. Agora ele terá um fluxo de caixa melhor para pensar na próxima safra e se empenhar mais nesse ano tão difícil", esclareceu Garbugio, agradecendo ao empenho da Ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e de toda a sua equipe técnica da Secretaria de Política Agrícola, especialmente na pessoa o diretor Wilson Vaz de Araujo, na defesa desse assunto perante as autoridades econômicas do Ministério da Economia e Banco Central.

Com informações da Abrapa.

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