Os exportadores norte-americanos provavelmente exportarão mais algodão neste ano agrícola do que havia sido previsto pelo governo há um mês. A mudança se deve às grandes vendas para a China, informaram os analistas.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda) manter suas estimativas para a colheita que os produtores rurais terminaram recentemente, em 18,2 milhões de fardos, após ter elevado a previsão em 3,8% no mês passado, segundo a média feita com base na estimativa de cinco analistas pesquisados pela Bloomberg. Um fardo de algodão pesa em torno de 226,8 kg.
O avanço das compras pela China poderá, no entanto, levar o Usda a aumentar sua estimativa para as exportações norte-americanas, para 13,5 milhões de fardos, ou 2,3% acima em relação ao mês passado, anunciou Rogers Varner Jr., analista da Varner Brothers, em Cleveland, Missisippi.
Os contratos futuros de algodão alcançaram a maior alta no período de sete anos em outubro, já que a China, maior país comprador mundial, foi forçada a importar mais algodão dos EUA e de outros países produtores, porque suas lavouras foram danificadas pelo mau tempo neste ano.
"As vendas externas norte-americanas estão mais fortes, por causa das compras chinesas", disse John Flanagan, presidente da Flanagan Trading em Fuquay-Varina, da Carolina do Norte. O Usda deverá divulgar seu relatório mensal sobre demanda e fornecimento de algodão amanhã, em Washington.
O preço do algodão para entrega em março recuou 1,74 centavo de dólar, ou 2,5%, para 68,3 centavos de dólar na Bolsa de Algodão de Nova York. Os preços continuaram 34% mais altos este ano.
Uma colheita algodoeria de 18,2 milhões de fardos nos Estados Unidos será 1 milhão de fardos maior do que os produtores rurais produziram em 2002. O ano de comercialização do algodão começa em 1 de agosto.