O Dr. Fausto Figueira, médico gastroendocrinologista e Deputado Estadual pelo PT, explica que " Como no combate à dengue, a luta para o fim dessa praga deve ser de todas as cidades. O poder público e a comunidade devem se unir para erradicar o caracol, que e é capaz de transmitir uma doença gravíssima e de devastar o meio ambiente".
É fundamental alertar ao público sobre a importância do combate ao caramujo, que é uma espécie invasora sem predadores no país. Os técnicos do Ibama reforçam o alerta de que o caracol não pode ser usado como alimento e sua concha não serve de matéria prima para artesanato.
São Paulo sai na frente...
Fausto Figueira é o autor do Projeto de Lei Estadual 0623/2003, que proíbe a criação e comercialização e propõe um plano de controle dos caramujos gigantes em todo o Estado de São Paulo. O projeto foi aprovado pela Assembléia Legislativa no início deste mês e aguarda ser sancionado pelo governador Geraldo Alckmin.
A espécie, considerada uma das 100 invasoras mais perigosas do mundo, é potencial hospedeiro do verme Angiostrongylus costaricensis, que pode causar infecções graves e resultar até em morte por perfuração intestinal, peritonite e hemorragia abdominal. A transmissão acontece através do muco de sua pele. O caramujo africano também altera o ecossistema da região, pois não possui predadores naturais no País. Ele é encontrado hoje em 22 estados brasileiros.
Os caramujos gigantes chegaram no Brasil por meio de criadores que visavam seu uso gastronômico, como alternativa ao escargot francês. A cultura, no entanto, não vingou comercialmente e a espécie, que se reproduz com facilidade, foi introduzida acidentalmente na natureza. Ao contrário dos verdadeiros escargots da culinária francesa, a espécie africana consegue ganhar peso mais rapidamente. Alguns atingem 500 gramas, com conchas que alcançam de 15 a 20 centímetros de comprimento e 8 centímetros de largura. Com a invasão da espécie ao meio urbano, criou-se o risco da transmissão de doenças, pois a simples manipulação dos caramujos pode acarretar contaminação.
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O CARAMUJO GIGANTE AFRICANO
Descrição: Gastrópode terrestre que possui concha oval-cônica, longitudinalmente estriada, esbranquiçada, com bandas longitudinais castanho –avermelhadas, com 7 a 9 voltas.
QUEM É O ACHATINA FULICA?
É um molusco conhecido popularmente como CARAMUJO AFRICANO chega a pesar 200 gramas, medindo de 10 A 15 CM DE COMPRIMENTO. Sua concha é alongada e rajada de beje e marron. Na fase adulta, atingida após um ano de vida, o Achatina pode colocar até 400 ovos a cada ano e o período de incubação leva de 1 a 15 dias.
PORQUE O ACHATINA FULICA SE TRANSFORMA EM PRAGA ?
Este molusco é originário do Leste da Africa e foi introduzido no Brasil por criadores, como uma alternativa mais barata de criação do “ESCARGOT” Francês, pertencente ao gênero Helix. O Achatina Fulica não é comestível e acabou transformando-se em praga quando os criadores o descartaram na natureza. Aqui no Brasil, ele se desenvolveu muito bem devido ao clima quente e úmido, e ainda mais pela falta de um predador natural.
DE QUE ESTE MOLUSCO SE ALIMENTA?
O estrago feito pelo molusco é imenso, pois ele é herbívoro generalista, ou seja, se alimenta de um grande número de plantas, além de muitas espécies cultiváveis, como hortaliças, árvores frutíferas, amendoim chá, feijão, mandioca, café, grãos armazenados etc.
ELE PODE TRANSMITIR DOENÇA AO HOMEM?
Além de devastar plantações e contaminar os alimentos, o caramujo africano é hospedeiro de um verme (Angiostrongylus costaricensis), e que pode ser transmitido ao homem, provocando perfurações nas paredes do intestino, necrose, hemorragias fatais e, ainda, inflamações das meninges. O verme pode ser depositado através de suas larvas, no muco em que o caramujo deixa em verduras, legumes e frutas consumidos pela população.
O QUE FAZER PARA COMBATER O CARAMUJO AFRICANO ?
Identificar bem o caramujo africano para não confundi-lo com as espécies nativas da região.
Pegar o animal com um saco plástico ou com luvas para evitar o contágio da verminose que ele transmite, colocar sal.
Destruir por PRENSAGEM
Passar a vassoura de grama para destruir os ovos que ficaram no solo
Observar o local por pelo menos quatro meses para evitar reinfestações.
O combate químico (com pesticidas) não é indicado, pois pode poluir o solo, a água e até o lençol freático, resultando na intoxicação de animais e até de seres humanos. O mais grave é que os moluscos podem ser resistentes aos pesticidas, dificultando o seu combate.
Fonte: Secretaria Municipal de Meio Ambiente Macaé