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Criador de SC teme prejuízo com morte do gado por raiva

Além da baixa produção de carne e leite, o produtor pensa nos prejuízos se o gado morrer


Além da baixa produção de carne e leite, o criador Jair João Pereira, de 51 anos de idade, da localidade de Rio Comprudente, em Cocal do Sul, no Sul de Santa Catarina, pensa nos prejuízos se o gado morrer.

Neste mês, das 10 cabeças de gado, quatro vacas foram sugadas por morcegos hematófagos.

"Comprei minhas vacas por cerca de R$ 1 mil cada uma. Para mim, é uma perda significativa. Apesar de ter o gado vacinado, tenho receio da contaminação, pois há um período da imunização após a vacina. Duas vacas já enfraqueceram, agora terei que investir em vitaminas e ração reforçada para reanimar o animal. E se morrer, não poderei vender nem a carne", diz preocupado.

A recomendação da Cidasc é que, quando os sintomas da raiva, principalmente a salivação em excesso, se manifestarem, o criador manuseie o animal contaminado com luvas, pois corre os risco de contaminação da raiva caso tenha algum ferimento exposto. Para maior segurança, diz o veterinário Eduardo Rezende, o pecuarista deve se vacinar no posto de saúde mais próximo.

Para se prevenir

A raiva bovina é uma doença que não tem cura e pode ser transmitida aos humanos através do gado contaminado. O hospedeiro do vírus rábico é o morcego hematófago (Desmodus rotundus), principal disseminador da doença em herbívoros (bovinos, caprinos, eqüinos e ovinos)

Os morcegos hematófagos sugam os animais mais dóceis. E têm como alvos a virilha, o pescoço, a cauda entre outras regiões bem irrigadas de sangue onde o gado não alcança para espantá-lo

Desde que é vitimado pelo morcego, o gado bovino leva, em média, três meses para manifestar os sintomas. Após esse período, a raiva leva até 10 dias para abater o animal

A raiva é uma doença 100% letal, infecciosa aguda. O vírus ataca o sistema nervoso dos animais, é a raiva paralítica

Sintomas do gado com raiva: tontura, salivação excessiva, andar vacilante, perda de coordenação motora

Os morcegos costumam se refugiar em matos, cavernas, galerias de carvão abandonadas, furnas, pontes, casas e estufas abandonadas

Das 150 espécies de morcegos, apenas três são transmissores da raiva

Mais informações sobre a doença e denúncias podem ser esclarecidas no posto da Cidasc de cada município

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