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Crise no setor têxtil preocupa o Mercosul

Cerca de 500 mil postos de trabalho estão em risco na região


Representantes do setor têxtil do Mercosul iniciaram nesta quarta-feira (06-12) em Montevidéu uma reunião para analisar a crise do setor, que põe em risco cerca de 500 mil postos de trabalho na região, devido à concorrência da indústria asiática, especialmente da China.

A reunião pretende lançar um alerta aos Governos do bloco, para que desenvolvam um modo de combate eficaz ao contrabando, além de adotar medidas para favorecer a concorrência do setor. Os empresários advertiram também que, na situação atual, estão em risco centenas de empresas familiares, que podem acarretar perdas de US$ 35 bilhões para o mercado asiático.

Participam da reunião os presidentes e diretores da Associação Brasileira de Têxteis; da Associação Industrial de Confeccionistas do Paraguai; da Câmara Industrial Argentina da Indumentária; da Câmara Têxtil do Uruguai e do Ponto Industrial Uruguaio.

Uma fonte do setor afirmou que os industriais da região procuram formar uma frente comum para avançar na Organização Mundial do Comércio (OMC), onde serão feitas reivindicações para diminuir o impacto da concorrência asiática.

O presidente da Câmara Industrial de Têxteis, o uruguaio Elbio Fuscaldo, afirmou que, em 1998, o setor têxtil uruguaio empregava 12 mil pessoas e, atualmente, esse número não chega a 5.300 trabalhadores. "A indústria têxtil na América Latina ficou fora do mundo. Ela migrou para o Oriente, e para outros lugares mais próximos aos grandes centros de consumo, que são EUA e Europa", afirmou.

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