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CTNBio aprova novas variedades de milho transgênico

Foram aprovados o NK603, conhecido como Roundup Ready, da Monsanto, e o milho GA21, da Syngenta, ambos tolerantes ao herbicida glifosato


Em sua 116ª Reunião Ordinária, a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) aprovou nesta quinta-feira, dia 18, em reunião plenária, duas novas variedades de milho transgênico: o milho NK603, também conhecido como Roundup Ready, da Monsanto, e o milho GA21, da Syngenta, ambos tolerantes ao herbicida glifosato. Tanto o milho RR quanto o milho GA21 receberam 16 votos favoráveis na CTNBio.

O presidente-executivo da Abramilho (Associação Brasileira dos Produtores de Milho), Odacir Klein, mostrou-se exultante com a decisão. “Temos repetido que o agricultor brasileiro precisa ter opções à escolha de variedades de milho, seja transgênica ou não. Com essas duas aprovações, passamos a ter cinco tipos de milho transgênico aprovados no Brasil. Isso ainda é muito pouco diante das dezenas de tipos de milho transgênico existentes no mercado internacional”, avaliou.

Aves e suínos

Reunidos durante a Expointer 2008, encerrada no último dia 7, os produtores de milho e os criadores e exportadores de aves e suínos manifestaram preocupação com a atual produção de milho no País, defasada tecnologicamente em relação a outros países e com Valor Básico de Custeio (VBC) abaixo do custo de produção. A Abramilho – Associação Brasileira de Produtores de Milho chegou a propor a criação de um fórum nacional para tratar do assunto.

Na oportunidade, Francisco Turra, presidente da ABEF (Associação Brasileira dos Produtores de Frango), afirmou que “é preciso sensibilizar os governos estaduais e federal de que o milho é um cereal estratégico”. Para ele o Brasil precisa buscar aumento de produtividade e completou “se a Academia de Ciências e OMS (Organização Mundial de Saúde) não têm preconceito contra o milho transgênico, como é possível que alguém ainda tenha?”. Rubens Valentini, presidente da ABCS (Associação Brasileira dos Criadores de Suínos), afirmou que em 2007 a entidade teve reivindicar a importação de milho transgênico, preocupada com uma possível escassez no abastecimento. De seu lado, Odacir Klein acrescentou que “se os Estados Unidos e a Argentina, os grandes players do mercado mundial não têm problemas com a comercialização de milho transgênico e seus derivados, produzindo praticamente só milho transgênico, por que o Brasil teria?”.

Mais opções

Além dos dois tipos de milho transgênico aprovados agora pela CTNBio, os outros três tipos já aprovados para comercialização no Brasil são o milho tolerante ao herbicida glufosinato de amônia,da Bayer, o milho Bt Yieldgard, da Monsanto, resistente a insetos, e o milho Bt11, da Syngenta, também resistente a insetos.

Além da defasagem em relação à quantidade de eventos aprovados no Brasil, Odacir Klein lembra que, enquanto o Brasil só começa agora a plantar milho transgênico, outros países produtores, como Argentina, Estados Unidos e até mesmo Espanha e França, na Europa, iniciaram esse cultivo há mais 10 anos e já contam com plantas com características transgênicas combinadas.

“O Brasil precisa entrar no clube da biotecnologia em condições mais igualitárias. Esperamos que, após essas cinco variedades de milho transgênico aprovadas, venham outras novas aprovações. O produtor é que sabe qual é a melhor variedade para ele plantar. Ao governo cabe garantir as alternativas”, finalizou o presidente-executivo da Abramilho. As informações são da assessoria de imprensa da Abramilho.

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