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Cultivo mínimo avança no tabaco

Práticas de conservação do solo já são realidade nas lavouras


Foto: Divulgação

A cada safra avança a adoção de práticas conservacionistas na produção de tabaco. Uma pesquisa realizada pelo Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco) mostra que em 2007 apenas 17% dos produtores usavam sistemas de preservação do solo como o plantio direto e cultivo mínimo. Em 2011 já eram 39% e nesta safra o índice subiu para 76%.

As práticas têm crescido com a intensificação de orientações por meio da orientação técnica no campo, por meio das empresas associadas a entidade, que esclarecem sobre os benefícios das tecnologias, focando na sustentabilidade. “A expectativa é que mais produtores se mobilizem em torno da adoção destas boas práticas agrícolas, benéficas não apenas para o solo e o meio ambiente, mas para o próprio produtor, uma vez que a mão de obra também diminui”, afirma o presidente do SindiTabaco, Iro Schünke.  

Acostumados aos manejos tradicionais de preparo de solo como lavração, gradagem, excesso de cultivações e capinas, os produtores vem encontrando bons resultados nas práticas conservacionistas. No cultivo mínimo, por exemplo, o solo é mexido o mínimo possível e fica protegido por resíduos da cultura anterior ou palhada dos cultivos de cobertura. Já o plantio direto na palha é o sistema de cultivo mais eficiente na proteção do solo. Consiste em evitar o revolvimento do solo, preservando integramente a palhada dos cultivos de cobertura sobre a sua superfície.  
 
Para isso são utilizadas espécies como aveias, ervilhacas, mucuna, milheto, braquiárias, crotalárias e nabo forrageiro. As cultivares produzem bastante biomassa e tem sistema radicular que reestrutura o solo. Entre os benefícios as práticas de conservação permitem menos erosão, solos de melhor qualidade, recuperação da fertilidade, menos mão-de-obra no preparo do solo e, consequentemente, menos custos e mais produtividade.

No sistema de cultivo tradicional ainda podem entrar práticas de conservação do solo como terraceamento, cultivos de cobertura, camalhões largos e altos e plantio em nível, que funcionam como mecanismo de proteção em relação ao escoamento das águas das chuvas, reduzindo a erosão. Também é recomendada a sucessão do tabaco com milho ou feijão, reduzindo pragas e doenças e sendo fonte de renda.
 

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