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Cultivos de arroz irrigado, destaques no Sul, tiveram bons resultados

Safra brasileira de arroz 2019/20 deverá elevar-se na ordem de 6,5%


Foto: Divulgação

A produtividade ganha mais uma vez destaque e a safra de arroz 2019/20 no Brasil deverá ser positiva, apesar de nova redução de área geral (2,4%). O rendimento por área foi aumentado em todas as regiões (em média 9,1%) e em especial no sistema irrigado, predominante, o que resultou em aumento geral na produção de 6,5%, garantindo volume total de 11,1 milhões de toneladas, de acordo com o levantamento feito pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em junho de 2020, quando a maior parte das lavouras estava colhida.

A região Sul, que concentra 80% da produção nacional, teve expressiva redução no cultivo (5,4%), mas conseguiu forte incremento na produtividade (12,5%), o que proporcionou safra representativa. O Rio Grande do Sul, que em sistema todo irrigado lidera com folga a produção do cereal no País, mesmo com plantio 6% menor, elevou o rendimento por área acima de 13%, assegurando produção na ordem de 7,8 milhões de toneladas. O Instituto Rio Grande do Arroz (Irga), em 15 de maio de 2020, com 98,5% da safra colhida, estimava produtividade de 8.418 quilos por hectare, a maior desde 1921, quando iniciou os registros.

O Estado sofreu séria estiagem, mas, ao contrário das outras culturas, ela favoreceu o arroz, pois, como salientou a Conab em seu levantamento, grande parte dos dias teve céu limpo, temperatura alta e noites amenas. “Não houve falta generalizada de água para as lavouras e, quando ocorreu, a cultura já estava encaminhada para o final do ciclo, não gerando impactos significativos”, registrou. Da mesma forma, alguns problemas com lavouras mais tardias não afetaram a produtividade geral e foram compensadas pelas condições gerais apresentadas na temporada.

Em Santa Catarina, vizinho, que ocupa a segunda posição no País e também com produção irrigada, embora a semeadura tenha atrasado em relação à safra anterior, devido à estiagem que atingiu o Estado, a safra transcorreu normalmente, conforme expôs boletim de 15 de maio de 2020 da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural do Estado (Epagri). “A baixa produtividade obtida na safra 2018/19, em razão do excesso de calor ocorrido no período de floração, deverá ser superada na safra 2019/20, fechada em 8.054 quilos/hectare, cerca de 4,6% maior”, relata a empresa de pesquisa.

NORTE EM SEGUNDO

Na segunda região produtora, o Norte, onde se insere o terceiro maior Estado no ranking brasileiro do arroz, o Tocantins, a área aumentou nas várzeas irrigadas tocantinenses e no sequeiro do Pará, nono na classificação geral. O Nordeste, quarto colocado entre as regiões,  voltou a ampliar cultivo, recuperando parte do espaço perdido no sequeiro, principal sistema regional, onde o Maranhão veio assim a garantir a sexta posição, deixada na safra anterior para a nortista e mais estável Rondônia. Na região nordestina, ainda apresenta algum destaque o Piauí (10º no geral) e no Norte, Roraima (11º).

A terceira posição nacional, considerando as regiões produtoras de arroz, é ocupada pelo Centro-Oeste, que recuperou área (2,6%) e o resultado geral da produção deve aumentar 9,3%. Sobressai-se o Mato Grosso (quarto colocado geral na produção brasileira e com 77% da área de cultivo na região, a maior parte de sequeiro), tendo alcançado boa produtividade média, de acordo com a avaliação feita pela Conab, a partir de maiores pacotes tecnológicos aplicados e condições climáticas favoráveis. Goiás, oitavo colocado na produção nacional, por sua vez, manteve resultados satisfatórios no sistema irrigado, o principal no Estado.

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