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Custo de produção do algodão atinge R$ 12.8 mil/ha

Em Mato Grosso produtores já fazem as compras de insumos para a próxima safra


Foto: Marcel Oliveira

O algodão da safra 2020/21 ainda está na lavoura e os produtores de Mato Grosso já começaram o planejamento para a próxima safra. As compras de insumos tendem a se intensificar no próximo semestre. Segundo o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) no entanto, o custo de produção vem aumentando desde o mês de dezembro. Em abril, o custo operacional efetivo (COE) alcançou a marca de R$ 12.805,84/ha, avanço de 3,33% no comparativo mensal.

"Assim, é importante que o produtor esteja atento ao ponto de equilíbrio da pluma e, para que consiga cobrir seu COE, considerando a mesma produtividade da safra 20/21 de 116,20 @/ha, é preciso que negocie a sua produção a uma média de R$ 110,21/@, alta de 4,31% ante a março", diz o boletim.

Ao avaliar a paridade de exportação para o contrato dezembro 22, nota-se que, apesar do impacto altista do dólar nas despesas com insumos, este, aliado às cotações da ICE, também tem dado suporte para a valorização dos preços futuros da pluma, possibilitando cotações acima do ponto de equilíbrio.

O relatório de oferta e demanda da pluma mundial divulgado na última quarta-feira (12) pelo USDA trouxe atualização na safra 20/21 e a primeira projeção para a safra 21/22. O principal ajuste na safra 20/21 está no consumo da pluma na temporada, que reduziu 0,39% em relação ao relatório de abril, devido ao corte na demanda interna da Índia, que, por sua vez, é reflexo das medidas de restrição contra a Covid-19, limitando a capacidade das indústrias têxteis no país. Já na primeira perspectiva da safra 21/22, a produção global avançou 5,56% ante a safra 20/21, estimada em 26,00 milhões de toneladas, pautada pelos aumentos na oferta dos EUA, Brasil e Índia.

Já o consumo global ampliou 890 mil toneladas nesta estimativa, ficando aguardado um total de 26,45 milhões de toneladas, ultrapassando a produção esperada para a safra. Por fim, o estoque final recuou 2,32% no comparativo anual, projetado em 19,81 milhões de toneladas, o menor dos últimos dois anos.

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