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Custo de produção está 6,16% menor em comparação com a safra 2016/2017

De acordo com o Imea, a perspectiva é que os custos totais em Mato Grosso fiquem em R$ 2.551,08 por hectare



O Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) divulgou os custos de produção para o milho na safra 2017/2018 em Mato Grosso referentes ao mês de setembro e mostrou que houve redução em relação ao relatório divulgado no mês anterior. Com isso, a perspectiva é que os custos totais fiquem em R$ 2.551,08/ha, o que representa uma queda de 0,03%. Apesar do pequeno recuo, o custo total da safra futura está 6,16% menor em comparação ao que foi visto na safra 2016/2017.

Já no que tange ao custo variável, a avaliação ficou mantida em R$ 2.137,26/ha. Dessa forma, o ponto de equilíbrio para a safra futura, considerando o milho de alta tecnologia e a mesma produtividade da safra 2016/2017, de 120,0 sc/ha, fica previsto em R$ 17,81/sc, o que representa R$ 4,68/sc acima do atual preço da paridade para jul/18. Diante desse cenário de preços baixos, é importante que o produtor continue gerenciando seus custos e analisando todos os indicadores durante as negociações, a fim de viabilizar a safra 2017/2018.

Preço do milho 

Os preços no mercado interno continuam puxando as cotações do milho em Mato Grosso para cima, finalizando a semana com valorização de 2,49% e cotação média de R$ 14,57/sc. A CBOT encerrou a última semana com regressão de 0,23%. Devido, sobretudo, ao avanço no ritmo da colheita do cereal nos Estados Unidos.

A relação frete/milho encerrou a última semana com queda de 2,97 pontos percentuais. O aumento nos preços e o recuo do frete puxaram a relação para baixo. A paridade para jul/18 fechou a semana com baixa de 1,11%. A queda na CBOT do milho, conduziu a desvalorização na paridade.

Estimativa para a safra 2017/2018 

A Conab trouxe a primeira estimativa de oferta e demanda do milho para a safra 2017/2018 no Brasil. O novo balanço prevê que a oferta do país fique em 112,4 milhões de toneladas, o que representa um aumento de 6,8% em relação à safra 2016/2017. Tal incremento tem como principal fator os estoques iniciais, que ficaram previstos em 19,1 milhões de toneladas, enquanto que as estimativas de produção e importação recuaram 4,9% e 33,3%, respectivamente.

Já em relação à demanda, o aumento não foi observado na mesma proporção, visto que o consumo interno avançou 3,0%, ao passo que as exportações se mantiveram no mesmo nível do que foi observado na safra anterior. Assim, com a relação de oferta mais ampla do que a demanda, os estoques finais para a safra 2017/2018 ficaram previstos em 24,5 milhões de toneladas, os maiores já observados no histórico do Brasil, o que pode manter a pressão baixista nos preços. No entanto, o desenvolvimento da safra nas regiões sul e centro-oeste será determinante para a definição do cenário.

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