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Custo de produção para a safra de milho 2018/2019 aumentou em Mato Grosso

A nova atualização do Imea traz um custo total de R$ 2.649,40 por hectare, alta de 0,6% em relação à divulgação de janeiro


O Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) divulgou na segunda-feira (26/03) o custo de produção para a safra de milho 2018/2019 de alta tecnologia em Mato Grosso, referente ao mês de fevereiro de 2018.

A nova atualização traz um custo total de R$ 2.649,40 por hectare, exibindo um aumento de 0,6% em relação à divulgação de janeiro de 2018. Apesar do reajuste positivo no último mês, o custo total ainda apresenta uma redução de 10,4% em relação à safra anterior, principalmente em decorrência da queda nas despesas com macronutrientes em 12,9%.  

Safra de milho

Por sua vez, o custo variável passa a ser avaliado em R$ 2.064,23 por hectare e para que o produtor consiga cobri-lo é preciso que negocie seu produto a uma média de R$ 18,42 por saca, considerando uma produtividade de alta tecnologia de 112,07 sacas por hectare.  

Com isso, apesar de os custos de produção apresentarem patamares inferiores aos da safra anterior, é importante que o produtor continue monitorando seus custos e as oportunidades no mercado, visto que este ainda é o segundo levantamento para a safra de milho 2018/2019, informou o Imea.  

Produção de etanol

O Brasil é o segundo maior produtor de etanol do mundo e a utilização do milho como matéria-prima está apenas iniciando no País. Todavia, de acordo com análise do Imea, o produto está perdendo espaço no comércio nacional, visto que as importações de etanol, principalmente dos EUA, têm crescido e pela primeira vez, em 2017, ultrapassam o volume das exportações brasileiras, gerando um déficit na balança comercial.  

Com isso, as compras brasileiras bateram recorde de 1,84 bilhão de litros no último ano, mesmo após a medida da Camex em ago/17 de taxar em 20% as importações de etanol. Isso porque a superoferta de etanol nos EUA possibilita negociações mais competitivas, principalmente, para as regiões Nordeste e Norte do Brasil.  

Segundo o Imea, o mesmo cenário de déficit na balança se repetiu no primeiro bimestre de 2018 e o anúncio dos EUA na última semana de continuar os laços comerciais com o Brasil tende a reforçar esta situação, o que pode continuar mantendo esse difícil cenário para o setor nacional.

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