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Decisão de liberar comércio de transgênico pega cooperativas gaúchas desprevinidas


A decisão do governo de rotular a soja para a comercialização pegou desprevenidas empresas e cooperativas da região Noroeste que armazenam o grão. Ontem à tarde, a Cooperativa Tritícola Regional Sãoluizense (Copatrigo), de São Luiz Gonzaga, discutiria como receberia a safra para atender a Medida Provisória do governo. Das 10 unidades que possui na região das Missões, apenas três estão mais capacitadas para a separação da soja transgênica da convencional.

"Temos unidades com apenas um secador, dificilmente vamos ter condições operacional de fazer a separação nesta safra", diz o presidente da cooperativa, Paulo Pires.

A empresa deve receber cerca de 50% a 60% de soja transgênica, conforme acredita o presidente. Até agora, pouco mais de 1% da produção já está armazenada nos silos da cooperativa e misturada. Devido a descapitalização dos produtores da região, boa parte da soja já está sendo comercializada. "Não tem o que fazer com o que já foi entregue, não sabemos se é transgênico ou não", enfatiza.

Cooperativas que desenvolvem programas para garantir grãos não-transgênicos já possuem infra-estrutura para a separação. É o caso da Cooperativa Agropecuária Alto Uruguai (Cotrimaio), de Três de Maio, e da Cooperativa Mista São Luiz (Copermio), de Santa Rosa. "O governo determinou justamente o que já fazemos", diz Antônio Wünsch, presidente da Cotrimaio, onde a soja convenvional representa 75% da produção.

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