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Dekalb inova no Paraná com as “Noites de Campo”

Novidade na região, eventos noturnos têm demonstrado que os produtores querem obter informações sobre biotecnologia


Novidade na região, eventos noturnos têm demonstrado que os produtores querem obter informações sobre biotecnologia

Holofotes e muita vontade de obter e trocar informações sobre novas tecnologias são a tônica do evento “Noite de Campo”, que tem atraído às lavouras, durante a noite, produtores do Paraná interessados em melhorar a produtividade e a qualidade do milho. Nos encontros, os agricultores discutem conhecimentos técnicos sobre biotecnologia, manejo de pragas e doenças, e rotação de culturas. Além das palestras, há telões nos quais são exibidos filmes sobre as tecnologias apresentadas.

A novidade foi lançada pela Dekalb neste ano em parceria com a Cocamar Cooperativa Agroindustrial e, nas quatro edições já realizadas, contou com a participação de 570 produtores. A primeira “Noite de Campo” ocorreu na fazenda de Antonio Pedrini, que cultiva mais de mil hectares de milho e destinou parte da lavoura para híbridos com a tecnologia YieldGard, que possuem uma proteína oriunda do Bacillus thuringiensis (Bt) – bactéria encontrada no solo e comumente usada como biocida natural – que protege o milho do ataque de lagartas.

"Essas pragas podem reduzir o rendimento e a qualidade da produção", observou o representante técnico de vendas da Dekalb para a região de Maringá, Marcos Gruzska. O RTV explica que a lagarta-do-cartucho promove tamanha destruição na planta que pode comprometer a produção de grãos em até 40%. As outras duas pragas teriam potencial de dano, respectivamente, de 8% e 21%.

Produtividade em alta

De acordo com a Cocamar, nos 135 mil hectares cultivados na região, as variedades de híbridos geneticamente modificados, liberados há apenas dois anos, já representam 67% de toda a área plantada, média de produtividade foi de 4.500 quilos por hectare, uma das melhores da história. Já em Apucarana e Cornélio Procópio, segundo o RTV da Dekalb, Daniel Saraiva, a área com produção de milho com biotecnologia ocupa 65% e 60%, respectivamente.

O produtor Dirceu Tezolin plantou praticamente todos os 72 hectares de que dispõe com sementes geneticamente modificadas, deixando de fora apenas a área necessária para o refúgio e coexistência. Na expectativa de fazer a melhor colheita da história, ele acredita que suas lavouras devam garantir a média de 124 sacas/hectare (ao redor de 300 por alqueire). São 7.440 quilos/hectare, bem acima da média regional prevista pela Cocamar.

Até então, Tezolin só havia conseguido 115 sacas em média. A segunda Noite de Campo foi realizada na propriedade do agricultor, que aprovou a iniciativa: “Participar do evento e assistir às explicações dos técnicos foi excelente porque à noite o produtor tem mais disponibilidade para participar", destacou. O gerente de Negócios da unidade Paraná da Monsanto, Laércio Bortolini, aponta outro fator que elevou a participação dos agricultores. “Além da curiosidade em participar de um evento de campo noturno, os agricultores reconheceram nosso esforço em realizar as palestras fora do horário de colheita”, avalia.

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