Em pleno julho, recursos federais para a sanidade animal e vegetal, que deveriam ter sido liberados no começo do ano, ainda não chegaram ao Estado. A aprovação do convênio de R$ 14 milhões para execução de projetos até 2010 depende da assinatura de termo pela governadora Yeda Crusius que assegure contrapartida de 20% e de uma solução para a inadimplência do governo gaúcho com a União. A entrega de documentos encerrou-se na quarta-feira, mas o secretário da Agricultura, João Carlos Machado, acredita que o problema será contornado. Ele lembrou que outros estados estão na mesma situação e garantiu que não afetará ações.
Ao divulgar ontem que a vacinação contra febre aftosa atingiu 97% do rebanho de 14,01 milhões de bovinos e bubalinos na campanha de maio, a segunda em 2009, Machado interpretou o resultado como demonstração que o produtor entendeu a importância da etapa extra para adaptação ao calendário nacional. A última fase ocorre em novembro. Em janeiro, o percentual ficou em 93,69%. Sobre a expectativa de retirada da imunização, o secretário enfatizou avanços como a cobertura vacinal dos últimos anos, melhorias no sistema de defesa e qualificação de pessoal. Mas disse que não há projeto neste sentido no momento.
Para o diretor técnico do Mapa, José Severo, é preciso melhorar a fiscalização na Fronteira para se cogitar a retirada. E acrescentou que, para uma evolução segura ao status de livre sem vacinação, é preciso, pelo menos, quatro anos. "O mais difícil não é retirar a vacinação, mas a manutenção dessa condição." Em 2000, o RS parou de vacinar e, no mesmo ano, teve registro de focos de aftosa em Joia, Augusto Pestana e Eugênio de Castro.
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