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Demorou, mas Influenza Aviária chegou à Austrália

Vem daí uma indagação: como andam nossos programas de prevenção?


Desde que, há pouco mais de 9 anos, começaram a ser registrados os primeiros casos do atual surto de Influenza Aviária do tipo H5N1, a Austrália, país próximo dos grandes focos da doença no sudeste asiático, conseguiu permanecer livre do vírus.

Naturalmente, o grande determinante da manutenção desse status sanitário foi a prevenção, levada às últimas consequências pelas autoridades de saúde animal e pela avicultura australiana. Mas não se pode descartar também o fator sorte, pois a Austrália está a menos de 5 mil quilômetros de distância da Indonésia, provavelmente o país mais afetado e com o maior número de casos humanos da H5N1. E, como se sabe, os vírus e suas principais portadoras, as aves migratórias, não respeitam fronteiras.


Não respeitaram, mesmo, como se deduz de notificação transmitida no final da semana passada pelo órgão responsável do Ministério da Agricultura da Austrália à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). De acordo com a notificação, pela primeira vez na história do país, foi detectado um foco de Influenza Aviária do tipo H5 em território australiano.

O problema atingiu uma granja de engorda de patos localizada na área de Melbourne, capital do estado de Vitoria, sudeste continental do país. Envolve plantel em torno de 25 mil aves, todas imediatamente sacrificadas. A tipificação do vírus causador responsável pelo foco ainda não foi totalmente concluída, mas já se descartou a hipótese de vir a ser um H5N1. Daí o foco ter sido caracterizado como de baixa patogenicidade.


Detalhe: esta é uma das raras vezes em que um vírus do tipo H5 da Influenza Aviária é detectado bem abaixo da linha do Equador. A Austrália, é oportuno recordar, está localizada no Hemisfério Sul e é cortada pelo Trópico de Capricórnio, o mesmo que, no Brasil, pelos estados de São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul.

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