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Derriçadora costal facilitou trabalho em montanha

Estudo avaliou impacto positivo de R$ 770 milhões


Foto: Embrapa

O Portal Agrolink mostrou, recentemente, um protótipo de derriçadora para café em montanha. Outra tecnologia, mais antiga, está facilitando o trabalho em regiões elevadas. Trata-se da derriçadora costal, desenvolvida pela Embrapa Instrumentação (SP), em 1997 e comercializada desde 2004.

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O equipamento auxilia o cafeicultor em locais onde não há acesso a máquinas e conseguiu multiplicar por quatro a produtividade do trabalhador. A derriçadora é um aparelho mecânico manejado manualmente e acionado por motor lateral ou costal, que faz vibrar as varetas localizadas na extremidade superior de uma haste, promovendo a queda (derriça) dos frutos. É também chamada de mão mecânica, pela sua aparência semelhante a uma mão humana. Ela substitui a colheita manual, em que o trabalhador usa a mão para puxar o ramo e derrubar o grão. A tecnologia também dispensa o uso de escadas e permite maior produtividade.

É um sistema de operação semelhante ao pneumático, entretanto, um motor de dois tempos é acoplado diretamente à haste, tornando o operador autônomo em relação aos tratores e compressores. O peso total da máquina, atualmente, é menor que 6 kg. Essas características permitem que o equipamento trabalhe em terrenos acidentados e culturas adensadas, de forma eficiente, em uma propriedade de pequeno porte.

Pesquisa de eficiência

Em 2019, um levantamento feito pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) apontou que os benefícios chegaram a cerca de R$ 770 milhões. Foram ouvidos quase 300 cafeicultores dos seis principais estados produtores de café, por ordem decrescente: Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Bahia, Rondônia e Paraná.

A pesquisa mostrou ainda que 42% dos produtores realizam a derriça manual sem equipamento na propriedade, 25% realizam a colheita mecanizada, 23% fazem a colheita com equipamentos acoplados ao corpo e 10% fazem a colheita manual seletiva (selecionam frutos cereja). As microrregiões definidas como montanhosa respondem por 30% da produção brasileira de café, mas se forem consideradas também as regiões noroeste, central e sul do Espírito Santo, que apresentam características geográficas semelhantes àquelas regiões mineiras, chega-se a 50% da produção brasileira de café produzida em região de montanha. 

*Com informações da Embrapa

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