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Descoberta pode ajudar plantas a usarem menos nitrogênio

Os fertilizantes de nitrogênio custam aos agricultores norte-americanos aproximadamente US$ 8 bilhões por ano


Foto: Pixabay

Uma descoberta de uma equipe de pesquisadores da Universidade de Missouri, nos Estados Unidos, pode ser o primeiro passo para ajudar as lavouras a usar menos nitrogênio, beneficiando os agricultores e o meio ambiente. A revista Science publicou a pesquisa neste mês.  

Os fertilizantes de nitrogênio custam aos agricultores norte-americanos aproximadamente US$ 8 bilhões por ano, e o excesso de fertilizantes pode entrar em rios e riachos, danificando sistemas delicados de água. 

Gary Stacey, pesquisador do MU Bond Life Sciences Center e professor de ciências vegetais na Faculdade de Agricultura, Alimentos e Recursos Naturais, descobriu que safras, como o milho, ficam "confusas" quando confrontadas com bactérias invasivas. Quando as bactérias interagem adequadamente com uma cultura, as bactérias recebem algum alimento da planta e, simultaneamente, produzem o nitrogênio de que a maioria das plantas necessita. Em seu estudo, Stacey descobriu que muitas outras culturas reconhecem bactérias, mas não tentam interagir intimamente com elas. 

“O problema é que o milho, o tomate e outras culturas têm uma resposta diferente e não suportam uma interação íntima com os rizóbios, fazendo com que os agricultores apliquem quantidades maiores de nitrogênio do que seriam necessárias”, disse Stacey. 

Os cientistas sabem dessa relação benéfica desde 1888, mas ela só existe em plantações de leguminosas, como soja e alfafa. Estamos trabalhando para transferir essa característica para outras plantas, como milho, trigo ou arroz, o que acreditamos ser possível, uma vez que essas outras plantas reconhecem bactérias. 

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