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Descoberto o motivo da força das formigas

Tudo está no tórax


Foto: Pixabay

Quantos já se perguntaram por que as formigas operárias têm uma força excepcional? Uma investigação científica recente, publicada na revista Frontiers in Zoology, descobriu o enigma após analisar os músculos e o esqueleto interno desses minúsculos insetos.

Pesquisadores da Universidade de Graduação do Instituto de Ciência e Tecnologia de Okinawa (Japão) e da Universidade Sorbonne em Paris (França) encontraram a resposta. Os resultados do estudo foram analisados pela agência Sputnik. 

Na verdade, as formigas operárias são capazes de levantar e arrastar objetos que pesam muito mais do que elas próprias e transportá-los para suas colônias. Bem, acontece que sua força é resultado direto da perda da capacidade de voar. 

“As formigas operárias evoluíram de insetos voadores. Sempre assumimos que o voo perdido os ajudava a otimizar seus corpos para trabalhar no solo. No entanto, ainda temos muito que aprender sobre como eles fazem isso”, explicou Evan Economo, diretor da Unidade de Biodiversidade e Biocomplexidade do instituto japonês. 

De acordo com o Sputnik, os pesquisadores obtiveram uma imagem bastante detalhada do interior do tórax. Em seguida, eles analisaram suas características gerais comuns e as compararam às chamadas rainhas voadoras. 

Para fazer isso, eles usaram tecnologia avançada de raios-X e tomografias computadorizadas com resolução muito maior. A partir dessas imagens, eles mapearam todos os músculos e os modelaram em 3-D. O resultado foi uma imagem completa do interior do tórax. 

Eles então compararam as descobertas dessas duas espécies com outras formigas e insetos sem asas. Dessa forma, eles determinaram que a perda de vôo havia permitido uma reorganização clara do tórax. 

“Dentro do tórax da formiga operária tudo está maravilhosamente integrado em um espaço minúsculo. Todos os três grupos musculares expandiram seu volume, dando-lhe mais força e potência. Também foi observada uma mudança na geometria dos músculos do pescoço, que sustentam e movem a cabeça”, concluiu o falecido Christian Peeters, principal autor do artigo e professor pesquisador da universidade parisiense. 

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