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Desigualdade de renda do trabalho registra queda

Além disso, o levantamento também mostra que o rendimento habitual médio foi se reduzindo


Foto: Pixabay

Dados divulgados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), nesta segunda-feira (14/3), indicam que a desigualdade da renda do trabalho caiu em 2021 após um pico observado no terceiro trimestre de 2020 causado pela saída de trabalhadores menos qualificados do mercado de trabalho no início da pandemia. Sendo assim, a desigualdade de renda medida pelo índice de Gini tem recuado então, alcançando o valor de 0,490 no quarto trimestre de 2021 (contra 0,507 no terceiro trimestre de 2020).

“A queda da desigualdade tem ocorrido justamente por uma maior queda da desigualdade entre os trabalhadores do setor privado sem carteira. Por outro lado, houve deterioração dos rendimentos habituais médios, com queda de 10,7% quando se compara o quarto trimestre de 2021 com o mesmo período de 2020”, diz o Ipea, por meio de sua assessoria de imprensa.

Além disso, o levantamento também mostra que o rendimento habitual médio foi se reduzindo à medida em que os trabalhadores informais e por conta-própria foram retornando ao mercado de trabalho. “A renda habitual média saiu de um pico de R$ 2.857,00, no trimestre móvel encerrado em julho de 2020, para R$ 2.447,00, no último trimestre de 2021. Já renda efetiva apresentou consecutivas quedas a partir do trimestre móvel iniciado em abril de 2020 e os últimos resultados mostram que, no último trimestre de 2021, a renda efetiva caiu 8,5%, se aproximando ainda mais da queda da renda habitual”, indica.

“A proporção de domicílios sem renda do trabalho que, no primeiro trimestre de 2020, era de 22,35%, teve seu ápice no terceiro trimestre do mesmo ano (28,04%). Essa relação apresentou uma estabilidade entre o quarto trimestre de 2020 e o primeiro trimestre de 2021, reforçando como havia sido lenta a recuperação do nível de ocupação aos patamares anteriores a pandemia e, no segundo trimestre de 2021, caiu para 24,5%. Os dados do quarto trimestre (22,2%) revelam que essa relação já se aproxima dos patamares de 2019, que era cerca de 21,5%”, conclui.

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