A região Oeste de Santa Catarina está em alerta. Um novo foco do mal de Aujeszky, que ataca suínos, foi verificado ontem (06-11) em uma propriedade rural de Xanxerê, exatamente 20 dias depois da emissão de um laudo oficial elaborado a pedido de entidades de controle da sanidade animal. Pelo menos mil suínos contaminados com a doença foram sacrificados.
Xanxerê deve perder a certificação de área livre de Aujeszky. Ainda não existem notícias sobre a proliferação da doença na região. Técnicos em sanidade animal estariam investigando suspeitas de contaminação em Ouro Verde, mas por hora, nada está confirmado.
A Granja Serrinha, em Linha Serrinha, interior de Xanxerê, é o local onde teria surgido o surto. A propriedade, que já registrou problemas com a doença no passado, optou por repovoar as pocilgas depois de realizar um vazio sanitário (aplicação de vacinas) nas matrizes reprodutoras. Alguns leitões teriam sido infectados pelo vírus em outras granjas. Essa possibilidade ainda está sob investigação.
O secretário-geral da Federação da Agricultura do Estado de Santa Catarina (Faesc), Enori Barbieri, explicou que existe suspeita de procedimento incorreto no repovoamento. "Quando o índice de contaminação atinge 20%, todo o plantel deve ser eliminado. Com um percentual inferior, o controle da doença se dá através de vacinas.
O laudo técnico confirmando a presença da doença foi emitido pelo Laboratório Cedisa, de Concórdia, no dia 15 de outubro. No dia 21, o Comitê de Erradicação do Mal de Aujeszky recebeu uma carta da Embrapa informando os procedimentos que deveriam ser adotados.
Varredura
Segundo o diretor técnico da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), Jéssio Meller, disse que está sendo feito uma varredura nas nove propriedades do entorno do local onde houve esse problema em outubro", informou. "Está sendo feita a coleta de sangue que o Ministério da Agricultura pediu, as amostras serão encaminhadas para Minas Gerais para análise. Se for provado que não existe mais atividade viral, ano que vem poderemos voltar a exportar".
O sacrifício dos suínos contaminados foi confirmado. Mas o criador não teria sido indenizado pelos órgãos de defesa sanitária animal, como ocorreu no passado. O prejuízo pode chegar a R$ 200 mil. O suinocultor Avelino Presotto, 48 anos, proprietário das pocilgas, se nega a falar sobre o assunto.
Procurado insistentemente pela reportagem de A Notícia, ele se limitou a dizer que as providências sobre o caso estão sendo tomadas. Presotto não permitiu a presença de fotógrafos. Ele mostrava muito irritado com o caso e admitiu que foi orientado a evitar o contato.
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