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Dia de campo sobre tecnologias para o Semiárido reúne 350 pessoas no Cariri cearense

O chefe-geral da Embrapa Algodão, Sebastião Barbosa, destacou a importância de estar cada vez mais próximo dos agricultores


Cerca de 350 pessoas entre produtores, técnicos, parceiros, pesquisadores e estudantes de agronomia vindos dos estados do Ceará, Paraíba, Rio Grande do Norte e Pernambuco compareceram ao dia de campo sobre tecnologias para o algodão, amendoim, mamona e gergelim no Semiárido, promovido pela Embrapa Algodão, no campo experimental de Barbalha, CE, na última quinta-feira (10).

A abertura do evento contou com um café da manhã que incluiu uma variedade de alimentos a base de gergelim e amendoim, tais como bolos, pães e doces, produzidos pela Associação dos Produtores Rurais do Crato, CE a partir das capacitações promovidas pela Embrapa. "O nosso objetivo é melhorar a qualidade de vida das nossas famílias através desses produtos confeccionados por nós", afirmou a agricultora Maria Ioneida Ferreira.

O chefe-geral da Embrapa Algodão, Sebastião Barbosa, destacou a importância de estar cada vez mais próximo dos agricultores. "O dia de campo é a oportunidade da Embrapa apresentar às comunidades e às instituições parceiras os resultados das pesquisas, as tecnologias e conhecimentos para as cadeias produtivas da região", declarou.

O diretor do Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa em Brasília, DF, Celso Moretti, enfatizou que a parceria entre pesquisa, extensão e o produtor é extremamente importante, pois ela é que faz acontecer a agricultura no Brasil. "A demanda do nosso presidente é que nós temos que estar cada vez mais próximos dos nossos produtores para ouvir suas demandas e levar para os nossos centros de pesquisa para transformar essas demandas em projetos e depois, em respostas e soluções para a sociedade", afirmou.

Segundo ele, o mundo inteiro produz algodão no Semiárido e o dia de campo apresentou "soluções para tornar viável a volta dessa cultura para a região". "Hoje nós estamos mostrando pelas tecnologias aqui apresentadas que é possível trazer o algodão para o Semiárido, gerar riqueza, emprego e renda para essa região", acrescentou.

Tecnologias

O pesquisador Luiz Paulo de Carvalho apresentou as cultivares de algodão adaptadas para o cultivo na região Nordeste, tanto de sequeiro como irrigado. "Nós temos uma nova variedade de algodão colorido com um percentual de fibra maior do que as que outras variedades coloridas lançadas anteriormente, com um bom comprimento de fibra e resistência, que são características exigidas pela indústria têxtil. Além disso, também temos uma série de variedades transgênicas resistentes a lagartas e a herbicidas, que vão diminuir a mão de obra no campo e favorecer a um bom rendimento ao produtor", disse.

O chefe-adjunto de Transferência de Tecnologia, pesquisador Valdinei Sofiatti, apresentou variedades transgênicas, com destaque para o algodão branco de fibra longa. "O algodão de fibra longa é mais valorizado pela indústria e atualmente é importado porque não existiam variedades transgênicas com resistência ao herbicida glifosato e às lagartas adaptadas para o cultivo no Brasil. Agora, a Embrapa em parceria com a Fundação Bahia desenvolveu uma nova variedade transgênica, adaptada para o cultivo tanto no Cerrado quanto no Nordeste, em áreas irrigadas", explicou.

Entre os participantes estavam e o chefe do Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento (DPD), Celso Moretti, o chefe-geral da Embrapa Semiárido, Pedro Gama, o presidente da Ematerce, Antônio Rodrigues de Amorim, além de representantes da Secretaria da Agricultura do Ceará, Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), Emater Paraíba, Universidade Federal do Cariri (UFCA), Instituto Centro de Ensino Tecnológico (Centec) e Instituto Federal do Ceará (IFCE).

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