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Dilma mira cidades do agronegócio

Campanha quer intensificar a votação nas cidades que vivem da produção agrícola


O segundo turno da campanha pela reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) em Mato Grosso será focado nos municípios em que a petista apresentou pior desempenho.

A intenção é levar a estas cidades informações acerca das ações desenvolvidas pelo governo federal nestes quatro anos de governo para conquistar os votos dos eleitores.

A estratégia foi divulgada nesta segunda-feira (13.10) durante ato de lançamento da campanha de Dilma no Estado, no Hotel Fazenda Mato Grosso.

“A presidente Dilma perdeu nas cidades produtoras do agronegócio. Vamos levar a estes municípios o debate e também mostrar as ações desempenhadas pelo governo federal em prol do setor durante a sua gestão. Temos muito para coisa para mostrar”, enfatizou o ministro da Agricultura, Neri Geller (PMDB), um dos que participaram do ato pró-Dilma.

A presidente petista obteve 39,59% dos votos válidos em Mato Grosso, enquanto o senador Aécio Neves garantiu a preferência no Estado com 44,47%.

Para o peemedebista, o fato de o governador eleito, senador Pedro Taques (PDT), estar apoiando o candidato da oposição prejudicou Dilma no Estado.

“A campanha do senador Pedro Taques ajudou a derrota da presidente no Estado, mas vamos reverter isso neste segundo turno fazendo este enfrentamento direto com a população”, pontua.

Diante disso, Geller classifica a derrota da petista no Estado como injusta.

Isto porque, segundo ele, em seu governo Dilma teria possibilitado várias conquistas para o agronegócio e para Mato Grosso.

“Tivemos muitos avanços, principalmente nas regiões de produção e onde Dilma perdeu. Isso não é justo. Se nós olharmos – e eu estou em Mato Grosso desde 1984 - o quanto nós brigávamos para conseguir BR- 163 e quantos governos vieram para cá e nada fizeram? Agora conseguimos a BR-163 e estamos levando cinco milhões de toneladas já pelo eixo da BR-163”, defendeu.

A ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Ideli Salvatti, por sua vez, atribui a derrota da petista no Estado à desinformação.

De acordo com ela, o fato de Dilma estar à frente do Palácio do Planalto fez com que ela fosse alvo de diversas notícias negativas, o que se sobrepôs às ações desenvolvidas por seu governo.

“A região Centro-Oeste tem um grande potencial de produção e tanto o presidente Lula quanto a presidente Dilma entenderam isso e trabalharam no sentido de melhorar este setor, principalmente com obras de infraestrutura e logística”, defendeu.

Conforme o coordenador-geral da campanha da petista em Mato Grosso, senador eleito Wellington Fagundes (PR), toda a militância está empenhada em levar esta bandeira para os municípios nessas duas semanas de campanha eleitoral.

Inicialmente, a intenção era realizar uma campanha regionalizada com o intuito de atingir o maior número de pessoas.

A estratégia, entretanto, foi barrada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Diante disso, o grupo político de Dilma Rousseff no Estado aposta no argumento e no corpo-a-corpo para reverter o índice de rejeição da petista em Mato Grosso.

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