Diretor renuncia e critica continuísmo na Acrissul
Segundo Ulysses Serra Neto, os produtores têm se manifestado contra aos rumos da entidade em relação à Expogrande
Contrariado com a quarta candidatura de Laucídio Coelho Neto para a diretoria da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul) e com os transtornos sofridos pelos produtores rurais durante a Expogrande 2005 (Exposição Agropecuária de Campo Grande), o presidente da Associação Sul-mato-grossense dos Criadores de Nelore, Ulysses Serra Neto, o Noninho, renunciou ao seu cargo de diretor da Acrissul. Segundo o diretor, renúncia foi debatida com Laucídio Coelho Neto e posteriormente oficializada. Noninho afirmou que tem um bom relacionamento com o presidente da Acrissul, o respeita como liderança, mas é acredita que o monopólio enfraquece a entidade. “O continuísmo não combina com associativismo”, acrescentou. Para Noninho, Laucídio tem que abrir espaço pra outras correntes participarem do processo.
Segundo Ulysses Serra Neto, os produtores têm se manifestado contra aos rumos da entidade em relação à Expogrande, pois, para ele, a festa tem sido preparada para o grande público e não para o produtor. O diretor explicou que os criadores têm sofrido constrangimentos para o credenciamento e estacionamento no Parque de Exposições Laucídio Coelho e tem que passar por tumulto em dias de show, quando o público é maior. Noninho acrescentou que a Expogrande tem sido mal explorada comercialmente, sem proporcionar retorno aos expositores, anunciantes e patrocinadores.
O presidente da Acrissul, Laucídio Coelho Neto, informou ao Campo Grande News que está seis anos à frente da entidade e ainda tem metas para serem executadas no cargo. Em relação a posição de Noninho, Laucídio diz ser um caso isolado, uma vez que a diretoria da entidade é composta por pelo menos 80 membros.