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Dívidas agora se transferem para o setor privado no Nortão do MT

Os financiamentos para custeio agrícola liberados pelo governo são irrisórios


Nesta safra, conforme o presidente do Sindicato Rural de Sinop (SRS), Antônio Galvan, os financiamentos para custeio agrícola liberados pelo governo são irrisórios. A grande maioria dos recursos foi financiada por empresas privadas que fornecem insumos para o setor agrícola. O prazo para quitação do custeio da soja junto às empresas é 30 de março. Galvan sublinha que 70% da produção estão comprometidos com o pagamento do custeio agrícola. Com isso, os agricultores deverão acumular as dívidas passadas com instituições financeiras.

Segundo o SRS a solução seria a securitização dessas dívidas para pagamento em longo prazo e carência de até três anos. “Esta é a única maneira de o produtor voltar a ter renda e capital de giro, caso contrário, ficará esse jogo de troca com as empresas privadas”, salientou ao destacar que é importante que as dívidas com o setor privado sejam cumpridas para a liberação de novos recursos para futuros plantios. Observou que sem capital de giro é impossível o pagamento de investimento, o que vem a estagnar o setor.

Outro fator negativo apontado é a falta de logística da região, que devido à localização geográfica encarece o valor da produção ao esbarrar em obstáculos como o frete. Exemplificou que enquanto se paga de R$ 12 a R$ 14 de frete na região, os produtores do Sul do País contam com valores de R$ 3 a R$ 4 para escoar a produção até os portos.

A solução assinalada pelo presidente é a conclusão da BR-163. Com isso a produção seria escoada pelo porto de Santarém (PA), barateando em 45% o frente, o que pode ser revertido em lucros para os produtores.

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