Do pasto à mesa
Cadeia produtiva de carne bovina requer atenção especial do nascimento do bezerro à conservação pós-abate
Nos primeiros meses de vida dos bovinos de corte, os grandes cuidados costumam ser com problemas umbilicais e verminoses. “Estudos de campo indicam que cerca de 30% dos bezerros apresentam doenças ligadas à cicatrização do umbigo e mais de 5% destes acabam morrendo. Porém a maior causa de morte destes animais são as verminoses, a partir do 3º mês de vida”, explica o professor e vice-diretor da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo, Dr. Enrico Ortolani.
A limpeza do local do nascimento dos bezerros, que preferencialmente deve ser gramado, é importante para evitar infecções. É indicado o uso de produtos detergentes antimicrobianos nesta assepsia, como por exemplo, Biocid, desinfetante bactericida e viricida da Pfizer Saúde Animal. As verminoses devem ser combatidas por meio de vermifugações até o segundo ano de vida. “O ideal é que os animais recebam vermífugos em ciclos nos meses de maio, julho e setembro. Este controle deve ser orientado pelo médico veterinário”, esclarece o professor. O programa Controle Estratégico de Verminoses 5-7-9 é um dispositivo que pode ajudar o produtor a evitar estes problemas, por meio de assessoria de técnicos de campo.
A vacinação é um outro ponto fundamental para a sanidade de qualquer rebanho. Uma das vacinas mais importantes é contra a febre aftosa, que deve ser aplicada duas vezes ao ano, segundo calendário organizado pelo MAPA. As vacinas contra aftosa têm indicação para aplicação aos quatro meses de idade e a partir daí, reaplicadas semestralmente. “Outra vacina que merece atenção especial é a contra manqueira ou carbúnculo sintomático. Muitos bovinos costumam morrer desse problema até os quatro anos de idade e para prevení-lo alguns pecuaristas associam esta vacina a outras, para o combate de gangrena gasosa e enterotoxemia”, explica Ortolani. A Pfizer possui as vacinas Fortress 7 e 8 contra manqueira, gangrena e enterotoxemia, num único produto. A vacinação contra a raiva é recomendada apenas em áreas onde esta doença ocorre de forma endêmica, indicadas pelo MAPA.
Os medicamentos veterinários também são muito utilizados no campo. O professor Ortolani destaca que não há problemas nesse uso, desde que sejam respeitados alguns procedimentos. “É fundamental criadores e veterinários estarem atentos às instruções da bula. Certos vermífugos de ação prolongada e residual, não devem ser aplicados em bovinos prestes a irem ao abate e que entram em sistema de confinamento com duração inferior a 100 dias. Estudos realizados nos principais confinamentos brasileiros identificaram que o tempo médio de permanência neste sistema é de 90 dias”. Em 2009, a Pfizer lançou Treo ACE, um endectocida de alta concentração e ação prolongada que possui apenas 63 dias de carência para o abate.
Na fase adulta dos animais, o período mais apropriado para o abate depende da estratégia de cada criador e do preço da arroba vigente. “Um ponto chave para envio dos animais para abate é a idade e o peso. Geralmente frigoríficos compram machos e vacas de descarte entre 16 a 20 @ e novilhas entre 11 e 13 @. Quanto mais jovem for o macho ou mesmo a novilha a ser enviada para abate, maior será o pagamento pela @, dependendo do frigorífico comprador e das negociações anteriores. Machos muito velhos, com mais de quatro anos de idade, e touros são pagos com desconto pelos frigoríficos”, explica o professor.
No manejo, antes do abate, alguns cuidados devem ser observados, para a garantia de melhor aproveitamento da carcaça. Neste período pré-frigorífico, o importante é garantir peso. “Tratamentos e revacinações devem ser evitados para não provocar qualquer risco de emagrecimento. No momento do transporte os animais devem ser manejados de forma tranquila para evitar o estresse e a consequente perda de peso”, explica o professor. A lei obriga que antes do abate, os animais permaneçam 24 sem alimentação. É importante que esse seja o tempo máximo em jejum porque se o bovino passar tempo maior que este, o pecuarista terá prejuízos devido à perda de massa gorda e possíveis descontos do frigorífico. Após o abate é fundamental a conservação da carne dentro dos padrões de temperatura adequados até a distribuição para venda ao consumidor final.
As informações são da assessoria de imprensa da Pfizer Saúde Animal.