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Documentário mostra relação positiva de agro e indígenas

Produção independente "Cortina de Fumaça" também trata das queimadas na Amazônia


Foto: Pixabay

Com entrevistas de nomes importantes do cenário do agronegócio nacional como os ex-ministros da Agricultura, Alysson Paolinelli e Roberto Rodrigues, o engenheiro agrônomo Xico Graziano, o presidente da CropLife Brasil, Christian Lohbauer, além do ex-ministro Aldo Rebelo e a ministra da Mulher, da Família  e Direitos Humanos, Damares Alves e representantes de diversos setores como meio ambiente e Fundação Nacional do Índio (FUNAI), o documentário “Cortina de Fumaça” trata de temas polêmicos e delicados, alguns deles ligados à agricultura e a relação com o povo indígena.

A produção envolve temáticas como o infanticídio praticado por povos indígenas contra crianças deficientes ou filhos de mães solteiras, retratando essa prática cultural dos povos. Também aborda as críticas ao agronegócio por parte de autoridades européias com argumento de desmatamento e desmestifica algumas questões ligadas a este tema. Entre eles depoimentos que mostram fraudes na atuação de ONGs ambientais como a WWF e o Greenpeace, na palavra de um dos fundadores da organização, Patrick Moor. “Eu fiquei no Greenpeace por 15 anos. Eu vi a organização que ajudei a criar se tornar uma força para o mal”, disse.

Também mostra a evolução da agricultura brasileira encabeçada pelo ex-ministro da Agricultura, Alysson Paolinelli, indicado ao Nobel da Paz, e retrata como foi este processo desde a busca da pesquisa por soluções para a agricultura tropical até a fundação da Embrapa e a transformação do Cerrado em área produtiva. Até a década de 80 o Brasil importava cerca de um terço dos alimentos que consumia, situação que se inverteu nos dias atuais, sendo o país um dos maiores produtores do mundo. “Era uma época triste então decidimos nos tornar autossuficientes em alimentos. Mandamos três mil pesquisadores para quatro cantos do planeta e trouxemos esse pessoal de volta, investindo na pesquisa aqui”, destaca Paolinelli.

O documentário também mostra a iniciativa do povo indígena Paresi na produção de grãos no Mato Grosso. São quatro cooperativas da etnia plantam cerca de 20 mil hectares de lavouras mecanizadas, que correspondem a 1,7% da área total de duas Terras Indígenas localizadas entre os municípios de Campo Novo do Parecis, Tangará da Serra e Sapezal. A produção total de grãos dessas associações indígenas deve chegar a aproximadamente 76 mil toneladas de grãos nas duas safras deste ano.

São produzidos feijão, milho e soja, mostrando o potencial dos indígenas para o agronegócio, com reconhecimento nacional. Para um dos líderes de cooperativa do povo, Kevelen Zokezomaiake, a relação pode ser harmoniosa. “Teve tempo que índio não devia ter dinheiro. Hoje temos casa boa, educação, recursos para a saúde. A lavoura traz condição para a gente escolher o que a gente quer ser”, afirma.

A produção independente da produtora Brasil Paralelo tem quase 2 horas de duração e se descreve como “Vivemos no país das decisões. Decisões que colocam o povo contra o progresso, contra o futuro, contra si mesmo. Com o meio ambiente não poderia ser diferente”. O conteúdo pode ser acessado sem custo no YouTube

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