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Dólar recua com alta das commodities

“Com a agenda esvaziada de indicadores, o mercado ainda reverbera o resultado acima do esperado"


Foto: Pixabay

A trinca formada por alta das commodities, apetite do capital estrangeiro por ativos locais e enfraquecimento global da moeda norte-americana levou a mais um dia de forte apreciação do real, segundo informações da TF Agroeconômica. “Em baixa desde a abertura dos negócios, o dólar emendou nesta segunda-feira (8) o quarto pregão seguido de queda no mercado doméstico e chegou a flertar com o rompimento do piso de R$ 5,10, ao tocar mínima a R$ 5,1037 (-1,22%) ainda pela manhã. Após trabalhar ao longo da tarde entre R$ 5,11 e R$ 5,12, a divisa encerrou o dia em baixa de 1,04%, cotada a R$ 5,1129 - menor valor de fechamento desde 15 de junho”, comenta.

“Com a agenda esvaziada de indicadores, o mercado ainda reverbera o resultado acima do esperado do relatório de emprego (payroll) americano em julho, que mitigou temores de recessão nos EUA e ensejou recuperação dos preços de commodities. Depois de fechar com alta de 2,63% na sexta-feira, o minério de ferro subiu mais 2,78% nesta segunda-feira em Qingdao, na China. Investidores receberam bem dados da balança comercial chinesa em julho, com exportações acima do previsto. Os contratos futuros de petróleo subiram no mercado internacional, com o tipo Brent para setembro, referência para a Petrobras, em alta de 1,82%, a US$ 96,65 o barril”, completa.

Além do ambiente mais favorável a preços de commodities, o real é favorecido pelo apetite do estrangeiro por ações e renda fixa domésticas, em meio à percepção de que o Comitê de Política Monetária (Copom) pode ter encerado o ciclo de aperto monetário, ao elevar na quarta-feira (3) a taxa Selic em 0,50 ponto porcentual, para 13,75% ao ano.

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