CI

Dólar vai indicar hora de vender a soja

Embates políticos vão fazer moeda viver aos sobressaltos


As cotações da soja tiveram na sexta-feira (19.01) um dia de perdas nos preços do mercado físico brasileiro, desalinhadas com o movimento da Bolsa de Chicago (CBOT). De acordo com a T&F Consultoria Agroeconômica, em média os preços desceram 0,14% nos portos e 0,30% no interior.

O analista da T&F, Luiz Fernando Pacheco, aponta que o fator mais importante, neste momento, é a cotação do dólar, que faz o agricultor vender ou não: “O dólar (componente importantíssimo na confecção do preço da soja, porque é muito exportada) caiu 0,26% nesta sexta-feira, fechando a quarta semana consecutiva de queda, totalizando um recuo de 3,99% no período, o que não é pouco”.

Na visão dele, os “embates políticos, que deverão ocorrer a partir desta semana com o julgamento de Lula e, depois, a reforma da Previdência, seguida do vai-e-vem das candidaturas para a eleição de outubro deverão fazer o dólar viver aos sobressaltos, o que será bom para o mercado de soja. Os vendedores deverão estar atentos para vender nas altas da moeda americana, sem esperar que seja uma alta contínua, mas de picos em picos, aproveitando cada um deles”.

Por outro lado, nos fundamentos a soja pode encontrar espaço para subir com a colheita atrasada no Paraná e em todo o Centro-Oeste, além da pouca disponibilidade do produto restante da safra passada – o que é um fator positivo para os preços. “As indústrias estão mais competitivas e ativas do que as Tradings, porque os fretes internacionais estão subindo e os prêmios nos portos, apesar de subirem um pouco, nem sempre compensam. Mesmo assim, o Brasil já superou os EUA nas vendas para a China”, conclui Pacheco.

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.