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Duplicação de genes faz gramínea identificar o frio

Eles descobriram que, de 51 variedades de Brachypodium, 40 poderiam sentir dias curtos como um sinal de inverno


Um grupo de cientistas descobriu que uma duplicação genética antiga foi o fator responsável para fazer com que algumas gramíneas desenvolvessem formas de esperar ao inverno. Na década de 1930, dois cientistas ingleses descobriram que algumas culturas da família das gramíneas, como o centeio ou o trigo, podem usar dias curtos, em vez de frio, para contar quando o inverno chegou. 

A conclusão foi que, na maioria das plantas, uma proteína chamada florigen induz a floração durante os longos dias de primavera e verão, sendo que gramíneas têm múltiplas cópias do gene florigen, graças a uma antiga duplicação em seus genomas. Uma dessas cópias foi reaproveitada para ser expressa durante os curtos dias de inverno, dando a algumas gramíneas uma nova maneira de se preparar para a próxima estação. 

Os pesquisadores afirmam que a nova pesquisa fornece informações valiosas sobre como as gramíneas adaptadas ao inverno ganham a habilidade de florescer na primavera, o que pode ser útil para melhorar as culturas, como o trigo de inverno, que dependem desse processo. Nesse cenário, o estudo foi publicado em 8 de janeiro na revista eLife. 

De acordo com Rick Amasino, professor de bioquímica e genética na Universidade de Wisconsin-Madison, para chegar ao uso da luz do dia como um sinal de inverno, o grupo voltou-se para o Brachypodium, uma grama usada no laboratório que está relacionada a culturas como milho, arroz e trigo. Eles descobriram que, de 51 variedades de Brachypodium, 40 poderiam sentir dias curtos como um sinal de inverno, mostrando que houve variação para essa característica entre as variedades.

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