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EFAPI 2013:I Leilão de Gado Leiteiro deve movimentar R$ 300 mil em negócio

O I Leilão de Gado Leiteiro, promovido pelo Núcleo dos Criadores de Bovinos de Chapecó e convidados, será realizado nesta quinta-feira (10), às 20 horas


O I Leilão de Gado Leiteiro, promovido pelo Núcleo dos Criadores de Bovinos de Chapecó e convidados, será realizado nesta quinta-feira (10), às 20 horas, no pavilhão de remates do parque de exposição Tancredo de Almeida Neves, em Chapecó. A experiência inédita integra a programação agropecuária da Exposição-feira Agropecuária, Industrial e Comercial de Chapecó (EFAPI 2013), que prossegue até domingo (13).

Estarão disponíveis à venda 60 animais, divididos em 40 lotes, oriundos de 10 produtores. Os organizadores estimam negócios da ordem de R$ 300 mil. Os compradores poderão pagar em seis parcelas, sendo uma entrada e mais cinco. O leilão será conduzido pela empresa ZT Leilões e pelo Sindicato dos Produtores Rurais de Chapecó.

O coordenador do setor de bovinocultura, Mauro Zandavalli, explica que a iniciativa surgiu para atender a demanda do setor, uma vez que a bovinocultura leiteira teve grande expansão nos últimos anos no Estado. “A expectativa é comercializar 100% dos animais, pois pessoas de diversos municípios estão ligando e solicitando informações sobre o leilão”, enfatiza Zandavalli. O diferencial de Santa Catarina é a possibilidade de vender para qualquer outro Estado do Brasil, porque é livre da febre aftosa.

Alto padrão genético

A técnica agrícola e proprietária da Cabanha “Menina”, Nancy Leonardi Aroldi, de 30 anos, está expondo 16 animais, sendo dez novilhas e seis vacas das raças Jersey e Holandesa. Todos participarão do leilão elite do gado leiteiro, quando os animais de alto padrão genético são apresentados individualmente e cada um sairá com lance mínimo inicial de aproximadamente R$ 7 mil.
Nancy relata que participa de exposições em todo o Estado e expõem seus animais na EFAPI há seis edições. “Já vendi vacas para regiões do Paraná pelo valor de R$ 30 mil”, explica. Atualmente trabalha em sua propriedade de 42 hectares e auxilia a Cabanha “Clenan” de sua mãe, que possui 610 hectares. As principais atividades da família são bovinocultura de leite, criação de búfalos, lavoura e piscicultura.
A empresária rural ressalta que para obter animais com alto padrão é necessário anos de evolução genética trabalhando com sêmen importado, principalmente americano e canadense, e acasalamentos. Isso resulta em vacas que na primeira cria produzem de 30 a 40 litros de leite/dia e na segunda cria ultrapassa os 50 litros/dia.

Setor

O setor de bovinocultura leiteira na região de Chapecó, de acordo com Zandavalli, cresceu nos últimos seis anos 400%. Isso ocorreu porque muitos empresários rurais abandonaram a produção de tabaco, que era a sustentabilidade da propriedade e ingressaram para a criação de gado de leite. “Este item se tornou prioridade e atualmente podemos afirmar que 90% das pequenas e médias propriedades mantêm o leite como primeira atividade, pela distribuição fundiária, produção adensada de 10 a 15 animais por hectare, manejo e orientação técnica”, observa.

No comparativo com a produção a região também deu um salto nos últimos anos, em função do melhoramento genético, das condições de produção e da tecnificação do produtor. Zandavalli ressalta que a produção dobrou de 10 a 12 litros de vaca/dia para 22 litros/dia.

A valorização do preço pago pelo produto também é um fator que anima o setor. “O leite nunca esteve em um patamar tão positivo como hoje”, comenta Zandavalli. Outra vantagem da atividade é a produção associada com suínos e aves.

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