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El Niño "historicamente forte", diz monitoramento da NOAA

Entenda os critérios para esta classificação


Foto: Canva

A condição de El Niño, de acordo com o índice padrão da NOAA (Administração Nacional de Oceano e Atmosfera do governo norte americano), classifica-se como os períodos em que as temperaturas do mar, na região do Oceano Pacífico Equatorial, ficam +0.5°C acima da média em 5 períodos consecutivos de três meses corridos. Esses valores então são classificados em: +0.5°C (El Niño fraco), +1.0°C (moderado), +1.5°C (forte) e +2.0°C (historicamente forte).  

“A condição apelidada como “Super El Niño” precisa cumprir dois critérios principais, focando principalmente na intensidade e duração do aquecimento anormal das águas superficiais do Oceano Pacífico Equatorial. Ou seja, é preciso que a Temperatura da Superfície do Mar fique +2.0°C acima da média (condição historicamente forte), em uma extensa área do Pacífico Equatorial Central e Oriental. E que esses valores de +2.0°C sejam sustentados por vários meses.”, explica o meteorologista do Portal Agrolink, Gabriel Rodrigues. 

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“Na história recente, apenas três períodos podem ser classificados como “Super El Niño".  São as temporadas de 1982/83, com duração entre o trimestre  S-O-N e D-J-F. Depois 1997/98 entre A-S-O e D-J-F. E o último na temporada 2015/16 com duração de A-S-O a J-F-M. Importante salientar que as temperaturas de +2.0°C acima da média, foram sustentadas durante os trimestres corridos”, continua Rodrigues. 

Sendo esses os únicos períodos da série histórica, que começa em 1950, onde foi registrado a ocorrência de um “Super El-Niño”.

Mais recente monitoramento indica +2.1°C. 

A NOAA observa o El Niño como “históricamente forte”. “A NOAA, faz o acompanhamento semanal das condições do fenômeno El Niño. E neste último dia 27 de Novembro, os valores de temperatura média do Oceano Pacífico Equatorial, atingiram o patamar de +2.1°C acima da média na semana. Ou seja, atingiu o limiar de um El Niño considerado como ‘históricamente forte’, esclarece o meteorologista. 

“Contudo, esse valor registrado, foi o registro semanal. Para ser classificado como um Super El Niño este patamar deve ser sustentado pelo menos até o mês de Janeiro, sendo que algumas projeções indicam este cenário”, continua. 

“Na pluma de previsão, considerando diversas projeções, há alguns cenários que indicam valores sustentados acima dos +2.0°C até pelo menos o trimestre de J-F-M de 2024. Apresentando um declínio dessas temperaturas mas quentes na sequência dos próximos trimestres. Sendo a condição de El Niño, a mais provável  até pelo menos A-M-J (entrada do inverno de 2024)”, finaliza.  

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