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Eleições, China e USDA pressionam a soja em Chicago

“A China, envolvida em uma disputa comercial com os EUA, quer que Trump saia enfraquecido dessa eleição"


Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam em leve baixa nesta terça-feira (06.11) motivados, principalmente, pelas eleições do final de ano dos Estados Unidos, que elegerá um novo Congresso no país. De acordo com o analista Luiz Fernando Pacheco, da T&F Consultoria Agroeconômica, a China também tem participação nessa baixa. 

“A China, envolvida em uma disputa comercial com os EUA, quer que Trump saia enfraquecido dessa eleição, segundo analistas da INTL FCStone. O mercado também aguarda para ver se uma vitória republicana faria o país asiático adotar uma postura mais flexível ou não. Na segunda-feira, o presidente americano disse que há uma grande chance de acordo comercial com o governo chinês”, informa. 

Além disso, o escritório do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) em Pequim disse que as importações chinesas de soja devem somar 85 milhões de toneladas no ano comercial 2018/19, uma queda de quase 10% em relação ao volume estimado para o ciclo anterior. “Nos últimos quatro anos, as importações chinesas cresceram 8,5 milhões de toneladas ao ano”, disse ele. 

“A menor projeção se deve às tensões comerciais entre EUA e China e a um surto de peste suína africana no país asiático. O farelo de soja é um dos principais ingredientes usados para alimentar o enorme plantel de suínos da China. As importações chinesas de soja norte-americana vêm caindo desde julho, quando Pequim impôs uma tarifa retaliatória de 25% sobre o produto dos EUA”, finaliza o analista. 

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