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Em cinco anos, Pará quer se tornar o maior produtor brasileiro de cacau

Das 160 mil toneladas de amêndoas secas produzidas anualmente no país, o Pará já responde por 60 mil toneladas


Destaque no agronegócio paraense, o desempenho do cacau, no último ano, chamou a atenção na Frutal Amazônia, maior feira de frutas da região Norte, encerrada no último dia 28 de junho. Das 160 mil toneladas de amêndoas secas produzidas anualmente no país, o Pará já responde por 60 mil toneladas, recorde que permitiu injetar R$ 300 milhões na economia estadual. O crescimento de 65% da produtividade em relação ao ano anterior (a safra de 2007 foi de 36 mil toneladas) levou a Secretaria de Agricultura a reduzir, de 10 para 5 anos, a meta de tornar o Pará o maior produtor de cacau do país.

Para isso, a Secretaria oferece aos produtores acesso a novas tecnologias e formação agrícola para cultivo adequado do fruto. Durante a feira, mais um evento de incentivo à cacauicultura entrou para o calendário do estado, a Festa Estadual do Cacau, que será realizada de 26 a 29 de agosto, no município de Tomé-Açu, no nordeste paraense. O evento reunirá produtores e suas entidades representativas, lideranças, técnicos do setor agrícola e comunidades dos municípios produtores de cacau.

Tanto entusiasmo no crescimento da lavoura de cacau se deve a fatores como a qualidade do cacau paraense, com baixo teor de gordura e excelente ponto de fusão para fabricação de chocolate, e à alta produtividade do solo do estado. O Pará apresenta uma das médias mais altas de produtividade do mundo, de 881 quilos por hectare. A Indonésia, líder mundial em produtividade cacaueira, alcança índice médio de 908 quilos por hectare. A Bahia, tradicionalmente maior produtor brasileiro, apresenta média de 285 quilos por hectare. Mas a produtividade do Pará ainda pode apresentar índices melhores se consideradas áreas específicas do estado como a região da Transamazônica, maior produtora paraense, que apresenta média superior a mil quilos por hectare, a mais alta de todo o mundo.

Outro fator é o interesse no mercado externo. No início deste ano, o estado exportou a primeira remessa de cacau orgânico para a Europa. A indústria Zooter, da Áustria, comprou 48 toneladas de amêndoas para produção de chocolates finos comercializados no mercado europeu.

Depois disso, empresários italianos da Drogheria Alimentari estiveram no estado também interessados na compra de cacau orgânico. Uma mostra do cacau paraense foi enviada para testes na Itália. E durante a Frutal, representantes da multinacional Cargill, participaram do I Seminário dos Cacauicultores do Estado do Pará e demonstraram interesse em adquirir o fruto paraense.

Para conseguir ampliar as exportações, o cacau orgânico cultivado no Pará obteve o selo do Instituto de Mercado Orgânico (IMO), reconhecido internacionalmente como símbolo de qualidade. As informações são da assessoria de imprensa do Governo do Pará.

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