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Em ritmo lento, produtores iniciam plantio do milho safrinha em MT; chuva atrapalha

A semeadura atingiu somente 0,08% da área estimada por enquanto



Parte dos produtores mato-grossenses iniciou na última semana o plantio do milho primeiro safra, chamado de “safrinha”, em Mato Grosso. A semeadura, que atingiu somente 0,08% da área estimada por enquanto, foi prejudicada pelo volume de chuvas e registrou um pequeno atraso de 2 pontos percentuais na comparação com o mesmo período da safra 2016/2017.

As informações constam no relatório semanal de mercado do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), divulgado na última segunda (15). Somente as regiões Médio-Norte e Norte registraram avanços no plantio, com 0,1% e 0,03% das áreas estimadas já semeadas, respectivamente.

O Imea lembra que outro fator que contribui com o ritmo lento desse início é a preferência dos produtores do cultivo do algodão segunda safra durante este período, principalmente nas regiões Oeste, Sudeste e Centro-Sul de Mato Grosso. Por causa disso, os agricultores esperam melhores condições – a partir de 20 de janeiro - para avançar com a colheita da soja e também com a semeadura do cereal.

Ângelo Ozelame, gestor técnico do Imea, afirma que apesar das chuvas estarem atrapalhando um pouco, a situação é pior na semeadura do algodão, onde os atrasos ultrapassam 10 pontos percentuais na comparação com a safra passada.

O produtor rural Alessandro Uggeri, de Nova Mutum (a 269 km de Cuiabá), afirma ao  que a última chuva forte em sua região caiu há três dias. A água, segundo ele, atrapalhou um pouco os trabalhos, mas não impossibilitou, por exemplo, que ele colhesse a soja plantada em sua propriedade.

“A lavoura ainda está se formando e de maneira geral está boa. Tivemos um atraso, sim, nesse início, mas nada está fora da média. Ainda tem muita água para passar debaixo da ponte e a nossa expectativa é bastante positiva para essa safra”, defende.

Sobre outro possível problema, Alessandro afirma que os registros de pragas, como as lagartas, percevejos e mosca branca, foram pequenos na última safra e que até o momento não houve nenhuma notificação do tipo.

Por causa disso, a atenção dos produtores deve permanecer mesmo nos céus porque neste ano existe a expectativa de que a América do Sul e os Estados Unidos sofram com a condição chamada de La Niña. O fenômeno acarreta na diminuição da temperatura dos oceanos, impactando consequentemente a distribuição e qualidade das chuvas.

De acordo com o último levantamento de safra da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção de milho em Mato Grosso na safrinha, historicamente menos produtiva do que a segunda, deve produzir 186,5 mil toneladas, uma redução de 27,3% na comparação com o período produtivo passado. A produtividade deve ficar em 7,3 mil kg/ha – redução de 4% - e a área deve diminuir em 24,4%, chegando aos 25,3 mil hectares.

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