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Em São Paulo, frango vivo tem a segunda baixa de preços do mês

O produto ofertado no interior paulista enfrentou nova baixa de cinco centavos


A possibilidade de os preços do frango vivo terem chegado a um ponto de equilíbrio não se confirmou. Ontem, terceiro dia da semana e do mês, o produto ofertado no interior paulista enfrentou nova baixa de cinco centavos, sendo negociado por R$2,35/kg, mesmo valor registrado oito meses atrás, no início de agosto de 2012. Esta última foi a segunda baixa de abril e a 13ª de 2013, ou seja, nos menos de 100 dias do corrente exercício o frango vivo registrou apenas baixas, nenhuma correção positiva de preço.


O mercado, em geral, tem mostrado perplexidade com essa situação, agravada da segunda metade de março para cá. Inicialmente, atribuía-se o fraco desempenho do setor à Quaresma. Mas esse período de consumo normalmente recessivo ficou para trás e o mercado permanece na mesma marcha (isto é, fraco), independente até de esta ser a semana de pagamento dos salários. O que, efetivamente, está acontecendo?

Em situações como essa, tentativas de explicação surgem aos montes.

Entre elas, por exemplo, a de que pode ter ocorrido aumento na produção de pintos de corte de fevereiro (os números do mês ainda não foram divulgados para o grande público). E se isso ocorreu após o Carnaval (isto é, quando o Brasil inicia, efetivamente, o novo ano), a produção daquele período corresponde aos frangos que estão chegando ao mercado neste momento.

Outro argumento levantado é o de que, efetivamente, está havendo aumento na produção de carne de frango, mas não em decorrência de aumento no número de cabeças e, sim, por razões climáticas. Ou seja, a chegada do Outono amenizou as temperaturas. Com isso a produtividade dos frangos em criação (volume de carne por cabeça produzida) aumentou sensivelmente. Se não é fator único, é um dos que podem estar contribuindo para o agravamento da situação.


Por fim, há indicações de que, frente aos preços internos favoráveis registrados no período inicial do ano, empresas exportadoras estariam redirecionando parte de suas vendas externas para o mercado interno – o que justificaria não só o aumento da oferta interna, mas também o preço recorde obtido pelas exportações em março passado.

Enfim, parecem ser várias as causas que impedem a estabilização de preços do frango que, a esta altura, chega ao consumidor por preço inferior ao de vegetais como a batata, pimentão ou tomate. Ou, como citou ontem uma também perplexa repórter da TV Globo, “o quilo do tomate está [custando] R$ 8,99 – R$ 4,00 a mais que o frango”.

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