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Emater/RS-Ascar projeta uma safra de verão com aumento de área

RS terá acréscimo de 0,74%, em relação à 2014, segundo levantamento


A Emater/RS-Ascar e a Secretaria de Desenvolvimento Rural e Cooperativismo (SDR) divulgaram o seu primeiro levantamento sobre intenção de plantio para a safra de verão 2015/2016, na 38ª Expointer, em Esteio. O levantamento foi apresentado, nesta segunda-feira (31.08), durante o café para imprensa, pelo presidente da Emater/RS, Clair Tomé Kuhn. Também participaram a diretora administrativa da Emater/RS-Ascar, Silvana Dalmás, o secretário estadual de Desenvolvimento Rural e Cooperativismo, Tarcísio Minetto, o secretário estadual da Agricultura e Pecuária, Ernani Pollo e o diretor administrativo e financeiro da Ceasa, Vanderlan Vasconcelos.  

Pela projeção inicial, o Rio Grande do Sul terá um acréscimo de 0,74%, em relação à safra anterior, na área total a ser plantada com os principais grãos de verão (arroz, feijão 1ª safra, milho e soja), chegando a 7.352.147 hectares. Nesta área devem ser produzidos, de acordo com o prognóstico da Emater/RS-Ascar, 27.955.987 toneladas, o que representa uma variação negativa de -7,05%, em comparação com o ano anterior. “É importante salientar que, mesmo ocorrendo uma diminuição de 7% na produção, em relação ao ano passado, a produção projetada para a safra 2015/2016 é 10,46% maior que a média das últimas cinco safras”, ressalta Kuhn.

O levantamento aponta como fatores determinantes para o aumento na área a ser cultivada e a produtividade esperada, a capitalização dos produtores devido aos excelentes resultados obtidos nos últimos anos, o acesso ao crédito, a tecnologia e a ocorrência do fenômeno El Niño. “Contribuir para o aumento da produtividade é o nosso papel”, ressaltou Ernani Pol.

Entre as culturas analisadas, as do arroz (-2,23%), feijão 1ª safra (-5,68%) e a do milho (-9,73%) deverão ter uma redução de área em 2015/2016. A diminuição mais expressiva da área a ser plantada com o milho se deve à queda nos preços do grão, que acaba perdendo área para a soja, já que a oleaginosa possui uma relação de preços mais favorável aos produtores.

A soja mantém a tendência dos últimos anos e deverá ocupar uma área 3,14% maior do que em 2014/2015. Em termos absolutos, o aumento representa 165 mil hectares a mais em relação ao ano passado. Destes, cerca de 80 mil deverão ser em áreas novas, especialmente na Metade Sul do Estado. A soja está tomando espaço do milho e do arroz, provavelmente, segundo Minetto, em função da liquidez da cultura. “Produzir grãos é uma atividade de elevado risco em virtude de pragas e doenças, do clima e do mercado. Oxalá os produtores tenham boa produtividade para superar os desafios”, manifestou o secretário.

Também foram apresentados os dados relativos à produção de milho para silagem, importante insumo para a atividade leiteira no Rio Grande do Sul. A área destinada à cultura será de 357.800 hectares, registrando um incremento de 2,47% em relação a 2014/2015.

O aumento da atividade leiteira nos últimos anos intensificou o uso desse insumo na dieta alimentar do rebanho. Do total da área plantada com milho nesta safra, entre grão e silagem (1.137.338 ha), 31,46% é destinado à silagem.

No que se refere ao Valor Bruto de Produção (VBP), ou seja, o valor recebido pelos produtores, a safra de 2015/2016 pode gerar aproximadamente R$ 24,5 bilhões à economia do Estado.

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