Embarques de carne bovina estão em bom ritmo
“É claro que se não houver uma melhora do cenário, teremos medidas drásticas"
Mesmo com uma ausência da China neste começo de 2020, a Scot Consultoria afirma que os embarques de carne bovina brasileira estão em um bom ritmo. No entanto, o ananalista Rafael Ribeiro afirma que se não houver uma melhora na situação do coronavírus no mundo, mais medidas terão que ser tomadas para conter a doença, fato que poderia impactar a venda de itens do agronegócio.
“É claro que se não houver uma melhora do cenário, teremos medidas drásticas, a fim de conter o surto. Isso pode vir a impactar a comercialização de produtos agropecuários. No geral, já se fala em retração da economia mundial em 1% por conta do coronavírus. E nós sabemos que menor poder de compra significa menor consumo”, diz.
Para o presidente da consultoria, Alcides Torres, o setor no Brasil ainda não foi afetado pela doença. “Do ponto de vista conjuntural, a situação é medonha. Do ponto de vista estrutural, a pecuária de corte no Brasil vai bem. As escalas evoluem para três a cinco dias, com o mercado ajustado. Ou seja, a expectativa é de mercado firme e em alta se essa crise não se agravar”, indica o especialista da Scot Consultoria.
Em relação ao mercado de milho, existe espaço para mais valorizações do milho no mercado interno. No relatório de março, a Conab (Companhia Naciobal de Abastecimento) estimou estoques de 8,04 milhões de toneladas, frente 8,44 milhões de toneladas em fevereiro”, comenta, dizendo ainda que em 2018/2019, os estoques do cereal estavam em 11,4 milhões de toneladas e na safra anterior, em 16,18 milhões de toneladas.
“A oferta mais ajustada tem ajudado a manter preço firme. O dólar em alta e o clima no Paraná, com estiagem que começa a afetar o milho segunda safra, também devem impactar os preços”, diz Ribeiro.