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Embarques no Porto podem voltar à normalidade

Reunião de negociação que ocorre hoje em Paranaguá pode acabar com a greve dos portuários


Uma reunião de negociação que ocorre hoje em Paranaguá pode acabar com a greve dos portuários que iniciou na noite da última terça-feira. Participam da negociação representantes dos trabalhadores avulsos, da Superintendência Regional do Trabalho do Paraná, do Ministério Público do Trabalho, do Sindicato dos Operadores Portuários (Sindop) e do Órgão Gestor de Mão-de-Obra (Ogmo).


Ontem, os trabalhadores não deram trégua na paralisação e a fila de caminhões no acostamento da BR-277 chegou ao Km 21 por volta das 15h30. No final da tarde de ontem, a fila tinha diminuído um pouco e atingia o Km 17, segundo informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

O presidente do Sindicato dos Estivadores do Porto, Arivaldo Barbosa José, disse que já foram iniciadas algumas negociações para tentar pôr fim à paralisação. A FOLHA entrou em contato com o Sindop mas, não teve retorno das ligações. O Ogmo informou que não iria comentar o assunto.

A manifestação dos trabalhadores é contra a mudança na escala de trabalho adotada pelo Ogmo, que era de 6 horas de trabalho por 11 horas de folga e passou a ser de 6 horas por 18 de folga. Os trabalhadores ganham por produção e, com a mudança, acabaram tendo o salário reduzido.

A Appa informou que o embarque de grãos nos três berços do corredor de exportação estava normal ontem. O descarregamento dos caminhões com grãos ocorria ontem no ritmo de dois por hora, por moega. Só no silo público, que conta com três moegas e onde eram recebidos até 210 caminhões por hora, somente seis eram descarregados.


No desembarque de fertilizantes, era retirado um grab (espécie de carregador instalado na ponta de um guindaste utilizado para descarregamento de cargas a granel) a cada 40 minutos de cada navio, quando o normal seria a retirada de um grab por minuto. A Appa informou que, o atraso nos embarques, também está sendo provocado pela revogação de ordens de serviço que ordenavam o recebimento de cargas no pátio de caminhões por parte do Conselho de Autoridade Portuária (CAP).

O Governo do Estado informou, através de nota oficial, que o protesto dos Trabalhadores Portuários Avulsos, os TPAs, no Porto de Paranaguá, não tem nenhuma relação com a Appa.

Na última quarta-feira, o embarque de soja foi paralisado desde às 10 horas até às 15h30. Seis ship loaders - painel de controle das torres de embarque para carregamento de granéis sólidos - foram desligados durante o protesto. Nove pessoas ligadas ao Sindicato do Estivadores foram presas e os ship loaders foram religados às 18 horas.

Dragagem

O deputado estadual Valdir Rossoni propôs uma Ação Popular pedindo a suspensão da contratação de empresa para realizar a dragagem nos portos de Paranaguá e Antonina. O deputado questionou documentos do Ibama, do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e até mesmo da Marinha do Brasil. O pedido foi indeferido pela juíza federal Giovanna Mayer.

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