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Embrapa acompanha campanha contra aftosa na Bolívia

A Embrapa Pantanal enviou representante no sábado à Província Germán Busch


A Embrapa Pantanal enviou representante no sábado (30-07), à Província Germán Busch, na Bolívia, para acompanhar o ato de encerramento do 13º Ciclo da Campanha de Vacinação Contra a Febre Aftosa no país. O pesquisador Roberto Aguilar Silva representou o chefe-geral da Unidade, José Aníbal Comastri Filho, no evento promovido pela Associação de Criadores de Puerto Suárez e pelo Senasag (Serviço Nacional de Sanidade Agropecuária e Inocuidade Alimentar).

O ato aconteceu na fazenda Doble R, do pecuarista Rafael Burgos Fernández. Além de fazer uma vacinação simbólica, ele ofereceu um almoço a autoridades bolivianas e organizou um desfile de um carro de boi. Segundo Burgos, a campanha da vacinação ocorreu entre maio e junho. O país estava há sete anos sem ocorrência de casos de aftosa.

O presidente da associação de criadores, Edimir Yorge Netz, afirmou que a Bolívia voltou a registrar a doença neste ano a 600 km da fronteira com o Brasil. “Assim como no Brasil, foi feito um trabalho de isolamento da área”, explicou. Ele disse ainda que 60% do gado da região de fronteira – cerca de 45 mil cabeças – são de criadores brasileiros, especialmente de três grandes pecuaristas. Um deles, proprietário de 10 mil animais, prestigiou o evento na Doble R.

A Bolívia ainda não supre o mercado interno no fornecimento de carne. Atualmente o país exporta apenas para o Peru, segundo Netz. Mas a realidade da pecuária naquele país vem mudando nos últimos cinco anos. Roberto Aguilar disse que a qualidade genética do rebanho e o controle de doenças estão melhorando significativamente, até com suporte do Brasil. “A Bolívia tem potencial para ser um grande país criador. A tendência é essa”, afirmou Aguilar.

Há cerca de oito anos a Embrapa Pantanal (unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA) repassou ao criador Rafael Burgos, que mora em Corumbá (MS), a tecnologia disponível para o controle da Anemia Infecciosa Eqüina e o pecuarista conseguiu erradicar a doença na fazenda.

“Sempre gostei muito de cavalos, sempre cuidei e controlei doenças. Trouxe uma tropa do Paraná e ela estava com a anemia. Tive que sacrificar os animais”, disse Burgos. Segundo ele, depois de iniciar o controle com a tecnologia de manejo da Embrapa Pantanal, hoje ele está na sexta geração de animais livre da doença.

Uma das medidas adotadas pelo produtor foi a proibição de entrada de cavalos de fora na propriedade. Ele fez um cercado na entrada na fazenda e quando os bovinos chegam, os peões de fora os conduzem a pé até que os funcionários da fazenda assumam o rebanho. O gado retido fica a 800 metros da sede da fazenda.

“Meus cavalos não têm contato com os de fora. Pedem para que a distância entre eles não seja inferior a 200 metros. Eu deixo a 300 metros ou 400 metros”, afirmou Burgos.

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