CI

Embrapa alerta para ataque da lagarta da soja em MS

As chuvas intensas e o calor favorecem o aparecimento de pragas


O pesquisador Crébio José Ávila, da Embrapa Agropecuária Oeste, de Dourados (MS), alertou os agricultores de todo o Estado para que fiquem atentos com a infestação das lagartas da soja neste período. As chuvas intensas e o calor favorecem o aparecimento de pragas, principalmente nos períodos de sol quando elas saem para comer as folhas.

"Este é o momento de atenção porque eu tenho a convicção que está tendo uma explosão populacional muito grande de lagarta na região", afirmou Ávila. As chuvas intensas ajudaram a soja e colaboraram um pouco no controle das lagartas pequenas, derrubando-as. Mas como o tempo voltou a ficar seco e aumentou o calor, as folhas estão vigorosas, favorecendo a proliferação da praga daqui para frente.

Normalmente aparece primeiro a lagarta da soja e depois a lagarta falsa medideira. Mas este ano ocorrem infestações conjuntas e em algumas regiões com maior incidência para a falsa medideira, que é mais difícil de ser controlada, frisou Ávila.

Algumas lavouras já estão bastante infestadas. Embora o ataque ocorra de forma genérica em todo o Estado, na região de Dourados há soja em estado vegetativo (plantadas mais tarde), amarelando, outras iniciando as vagens e a maioria em florescimento.

"Isso favorece a proliferação porque tem sempre diferentes estágios de desenvolvimento para o ataque e a soja em florescimento, sofre a maior infestação e essas lavouras estão sendo atacadas pela falsa medideira. Então até o final do mês nós teremos surtos fortes dessas duas lagartas", explicou o pesquisador.

A partir do início de fevereiro começa a reduzir o ataque destas duas pragas, surgindo a do percevejo que fura e suga o grão da soja. Mas até o final de janeiro a preocupação é com os dois tipos de lagarta. O controle químico deve ser feito com inseticida quando se tem acima de 30 a 40 lagartas grandes por pano batido.

Com relação à falsa medideira, nas três safras anteriores, os produtos recomendados não funcionaram. "Não tinha produto eficiente, mas a partir de um trabalho desenvolvido pela Embrapa Agropecuária Oeste se chegou a produtos alternativos e eficientes", acrescentou Crébio Ávila.

A falsa medideira, até cinco anos atrás, era uma praga secundária, mas atualmente se tornou tão devastadora como a lagarta da soja e no estágio deste ano ela aparece com maior incidência. A situação é atípica em função das condições climáticas, já que as chuvas até o domingo somaram 88,8 milímetros em Dourados.

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.