Embrapa apresenta vantagens da cultivar BRS Estribo de capim-sudão no RS
Informações sobre manejo na Expodireto, em Não-Me-Toque
De acordo com o pesquisador da Embrapa Pecuária Sul, Daniel Montardo, que também ocupa a chefia adjunta de Pesquisa e Desenvolvimento da unidade, a nova cultivar apresenta importantes vantagens em relação às sementes da espécie atualmente disponíveis no mercado. A primeira delas é ofertar uma cultivar registrada aos produtores, com garantia de qualidade e de pureza das sementes, de acordo com a legislação.
Nos experimentos realizados na Embrapa Pecuária Sul, coordenados pelos pesquisadores Márcia Silveira e Danilo Sant´Anna, os primeiros resultados com animais mostram que esta planta forrageira pode ser utilizada sob pastejo rotacionado e pastejo contínuo, sendo possível alcançar bons índices em termos de produção animal quando bem manejada. Segundo os pesquisadores em relação ao capim-sudão comum, a BRS Estribo apresenta uma maior produção de forragem, maior perfilhamento, maior proporção de folhas, ciclo mais longo e manejo flexível.
Além dessas vantagens já destacadas, é importante ressaltar que o BRS Estribo é uma cultivar registrada no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), com garantia de qualidade e de pureza das sementes, de acordo com a legislação, sendo uma opção interessante para uso e diversificação das pastagens anuais de verão pelos produtores. “São características que trazem maior segurança ao pecuarista, com sementes produzidas e comercializadas com registro no Mapa e uma cultivar que proporciona maior qualidade às pastagens e à alimentação dos rebanhos”, ressalta Montardo, que liderou as pesquisas de desenvolvimento da BRS Estribo.
A utilização em grande escala do capim-sudão, uma gramínea anual de verão, como forrageira para alimentação animal é relativamente nova, principalmente na região Sul. A espécie era mais usada para produzir palhada e cobertura de solos em áreas de cultivo de grãos no Centro-oeste do país. Com o tempo, as sementes excedentes produzidas nesses sistemas de cultivo começaram a ser utilizadas por produtores da região Sul como forrageira. Com o preço mais em conta que outras alternativas de verão, o capim-sudão apresentou características que, aos poucos, foram popularizando a cultura. Em relação ao milheto, forrageira anual de verão muito utilizada na região sul, a espécie apresenta um ciclo mais longo e, consequentemente, oferta de alimentação para o rebanho por mais tempo. Já em comparação com o sorgo, o capim sudão não apresenta o risco de toxidade aos animais, conferindo maior flexibilidade ao manejo. Essas são algumas características que levaram os produtores a cada vez mais optar por esta espécie como alternativa forrageira.