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Embrapa apresenta vantagens da cultivar BRS Estribo de capim-sudão no RS

Informações sobre manejo na Expodireto, em Não-Me-Toque



A Embrapa Pecuária Sul vai apresentar na 15ª edição da Expodireto, entre 10 e 14 de março, em Não-Me-Toque (RS), informações sobre o manejo e o desempenho da cultivar BRS Estribo de capim-sudão. A cultivar foi lançada comercialmente no ano passado, tendo boa aceitação no mercado na primeira safra de comercialização, e é uma nova opção de forrageira de verão para os pecuaristas da região Sul. O desenvolvimento da cultivar faz parte de uma parceria realizada entre a Embrapa, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e  Associação Sul-Brasileira para o Fomento da Pesquisa de Forrageiras (Sulpasto), que tem como objetivo trabalhar com 13 espécies de forrageiras, entre leguminosas e gramíneas (nativas ou exóticas) e cereais de inverno de duplo propósito.

De acordo com o pesquisador da Embrapa Pecuária Sul, Daniel Montardo, que também ocupa a chefia adjunta de Pesquisa e Desenvolvimento da unidade, a nova cultivar apresenta importantes vantagens em relação às sementes da espécie atualmente disponíveis no mercado. A primeira delas é ofertar uma cultivar registrada aos produtores, com garantia de qualidade e de pureza das sementes, de acordo com a legislação.

Nos experimentos realizados na Embrapa Pecuária Sul, coordenados pelos pesquisadores Márcia Silveira e Danilo Sant´Anna, os primeiros resultados com animais mostram que esta planta forrageira pode ser utilizada sob pastejo rotacionado e pastejo contínuo, sendo possível alcançar bons índices em termos de produção animal quando bem manejada. Segundo os pesquisadores em relação ao capim-sudão comum, a BRS Estribo apresenta uma maior produção de forragem, maior perfilhamento, maior proporção de folhas, ciclo mais longo e manejo flexível.

Além dessas vantagens já destacadas, é importante ressaltar que o BRS Estribo é uma cultivar registrada no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), com garantia de qualidade e de pureza das sementes, de acordo com a legislação, sendo uma opção interessante para uso e diversificação das pastagens anuais de verão pelos produtores. “São características que trazem maior segurança ao pecuarista, com sementes produzidas e comercializadas com registro no Mapa e uma cultivar que proporciona maior qualidade às pastagens e à alimentação dos rebanhos”, ressalta Montardo, que liderou as pesquisas de desenvolvimento da BRS Estribo.

A utilização em grande escala do capim-sudão, uma gramínea anual de verão, como forrageira para alimentação animal é relativamente nova, principalmente na região Sul. A espécie era mais usada para produzir palhada e cobertura de solos em áreas de cultivo de grãos no Centro-oeste do país. Com o tempo, as sementes excedentes produzidas nesses sistemas de cultivo começaram a ser utilizadas por produtores da região Sul como forrageira. Com o preço mais em conta que outras alternativas de verão, o capim-sudão apresentou características que, aos poucos, foram popularizando a cultura. Em relação ao milheto, forrageira anual de verão muito utilizada na região sul, a espécie apresenta um ciclo mais longo e, consequentemente, oferta de alimentação para o rebanho por mais tempo. Já em comparação com o sorgo, o capim sudão não apresenta o risco de toxidade aos animais, conferindo maior flexibilidade ao manejo. Essas são algumas características que levaram os produtores a cada vez mais optar por esta espécie como alternativa forrageira.
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