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Embrapa debate ameaças para a sanidade animal

Evento vai debater em março na Embrapa Gado de Corte as ameaças a produção de carne bovina


Evento vai debater em março na Embrapa Gado de Corte as ameaças a produção de carne bovina

O Projeto de Inovação Tecnológica para Defesa Agropecuária (InovaDefesa) em conjunto com a Universidade Federal de Viçosa e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) realizam nos dias 1 e 2 de março de 2012, em Campo Grande (MS), na sede da Embrapa Gado de Corte, o Workshop de Ameaças Sanitárias para a Cadeias Produtivas de Carnes.


Conforme o banco de dados da Organização Internacional de Epizootias (OIE), foram identificados cerca de 30 agentes patogênicos de notificação obrigatória em países da América do Sul e que não foram notificados no Brasil nos últimos três anos. Como exemplos, podem ser citadas a febre aftosa, paratuberculose, surra, tripanossomose, tricomonose, síndrome reprodutiva e respiratória dos suínos, febre-do-nilo-ocidental e doença de Newcastle. Vale lembrar que deve ser considerado também o potencial impacto, em saúde pública, quando o agente patogênico apresenta comportamento zoonótico. Segundo o coordenador do projeto, Evaldo Vilela, o principal objetivo do workshop é identificar quais são os agentes patogênicos animais com maior probabilidade de ingresso no Brasil a partir dos países da América do Sul e Caribe.

A base do evento parte de uma preocupação estratégica com o sistema de vigilância de fronteiras internacionais que apresenta fragilidades. O trânsito de animais, pessoas e produtos de forma ilegal é o maior problema. "A extensão territorial do Brasil é um grande desafio. Somos um país continental. Com áreas muito remotas e fronteiras muito grandes. Desse modo, precisamos nos preparar para enfrentar as ameaças externas. A análise que será elaborada a partir do workshop tem esse papel. Ela servirá como um instrumento que pautará a pesquisa, a produção tecnológica e a fiscalização no âmbito da Defesa Agropecuária. A maior meta desse trabalho é o aperfeiçoamento, por meio da Ciência e Tecnologia, dos mecanismos de fiscalização para que o País tenha um sistema de vigilância mais moderno, capaz de responder com rapidez e eficiência; assegurando assim o crescimento do agropecuária", explicou Vilela. No ritmo do crescimento brasileiro reside, portanto, o risco da entrada de agentes patogênicos. Boa parte desses agentes é regulamentada por países com os quais o Brasil possui relação comercial. Na hipótese de ingresso, esse incidente pode resultar perdas expressivas na produtividade, custo do desenvolvimento de tecnologias de controle, bem como a perda de mercado. Para o chefe geral da Embrapa Gado de Corte, Cleber de Oliveira Soares, é fundamental que o país se antecipe e faça uso da pesquisa nesse contexto. "Temos que lembrar que as cadeias produtivas de carnes representam um dos mais importantes nichos econômicos do país. Quem não se lembra do que ocorreu em 2005 com a febre aftosa?! As perdas foram enormes. Por isso é urgente realizar uma análise como essa para evitar novos problemas", alertou Cleber. O Workshop de Ameaças Sanitárias para o Brasil é destinado a gestores de órgãos oficiais de Defesa Agropecuária, ao setor privado (produtores, indústrias de insumos agrícolas e veterinários e associações que os representam), pesquisadores e interessados em geral.

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