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Embrapa faz reunião técnica sobre soja

A ferrugem asiática ainda se apresenta como um grande desafio para a pesquisa


A XXXI Reunião de Pesquisa de Soja da Região Central do Brasil (RPSRCB), realizada no Centro de Eventos e Treinamentos da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Comércio (CNTC), em Brasília, (dia 11 e 12/08) reuniu mais de 500 participantes, entre técnicos de instituições de pesquisa agronômica, assistência técnica, ensino, indústria e produtores dos principais estados produtores de soja do Brasil. O objetivo debater os avanços e os desafios das últimas safras de soja, além de apresentar os resultados científicos e estabelecer novas diretrizes para a pesquisa e a transferência de tecnologias.

Entre os relatos apontados na reunião, foi mostrado que a ferrugem asiática ainda se apresenta como um grande desafio para a pesquisa. Estados como Mato Grosso, Paraná, Goiás, São Paulo, Minas Gerais e Rondônia além de parte do Mato Grosso do Sul relataram severidade e prejuízos nas ocorrências da doença, o que exigiu maior número de aplicações de fungicidas. Pesquisadores goianos e paranaenses relacionam o problema à falta de respeito e fiscalização do vazio sanitário, além das condições climáticas favoráveis ao desenvolvimento do fungo.

Os estados apontaram também aumento de ocorrências de Soja Louca II, uma anomalia cuja causa ainda não é conhecida pela pesquisa. Mato Grosso, Pará, Maranhão, Piauí, Tocantins e Roraima abordaram o aumento do problema em suas lavouras. A infestação por nematoides foi também relatada como uma dificuldade em Mato Grosso, Goiás, Bahia, Maranhão e Piauí. As estratégias de manejo sustentáveis também fizeram parte dos relatos estaduais. A integração lavoura-pecuária-floresta foi apontada como uma alternativa interessante para os estados de Roraima.

Levantamento realizado pela Embrapa Soja, em 2008 e 2009, revelaram que a quantidade de pragas presentes em unidades armazenadoras de grãos e de sementes, que anteriormente não causavam danos à soja, começam a aumentar e tendem a causar prejuízos. O resultado da pesquisa foi apresentado durante a reunião. O pesquisador Irineu Lorini, da Embrapa Soja, disse que já foram identificadas oito espécies de besouros e traças em unidades que armazenam soja no Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo e Mato Grosso. A pesquisa mostrou que o besouro da espécie Lasioderma serricorne é o que apresenta maior potencial de dano.

Segundo o pesquisador, este aumento na quantidade de pragas em unidades armazenadoras de soja, deve-se ao maior tempo de armazenagem do produto e à crescente disponibilidade de alimentos para as pragas.

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