Embrapa promove dia de campo sobre feijão-caupi

A Embrapa Meio-Norte promove no dia 14 de fevereiro (terça-feira) o Dia de Campo sobre Feijão-Caupi e adubos verdes. O evento tem como objetivo divulgar para produtores rurais, técnicos, extensionistas, estudantes, autoridades e agentes financeiros as variedades de feijão-caupi lançadas nos últimos anos pela Embrapa Meio-Norte e mostrar espécies de plantas utilizadas para adubação verde. O dia de campo será realizado na Vitrine Tecnológica da Embrapa Meio-Norte, em Teresina.

O evento terá início às 7h30 com a recepção e inscrição dos participantes. Em seguida, o chefe-geral da Embrapa Meio-Norte, Hoston Tomás Santos do Nascimento, fará a abertura do dia de campo, apresentando os objetivos e justificativas do evento.

Na primeira estação, o coordenador do dia de campo e analista da Embrapa Meio-Norte, José Alves da Silva Câmara, apresentará as espécies de plantas recomendadas para utilização na adubação verde. Já na segunda estação o analista Adão Cabral das Neves apresentará as cultivares de feijão-caupi lançadas nos últimos anos pela Unidade. Após a visita às estações, o evento será encerrado com degustação de um caldo de feijão-caupi.

De acordo com José Câmara, durante o evento os participantes terão ainda a oportunidade de conhecer melhor a técnica denominada de adubação verde, que é uma prática agrícola milenar usada para aumentar a capacidade produtiva do solo. Ele apresentará informações sobre 24 espécies plantadas na Vitrine Tecnológica da Embrapa Meio-Norte, dentre elas algumas crotalárias, variedades de feijão-guandu, calopogônio, mucuna, lab lab, trigo sarraceno, ervilhaca comum, niger, nabo forrageiro, feijão de porco, aveia preta e indigófera. "Embora a adubação verde seja uma técnica antiga, é importante ressaltar a sua importância tanto do ponto de vista de redução dos custos na agricultura, quanto do ponto de vista da preservação do meio ambiente", ressalta.

Adubação Verde - É uma técnica para recuperar os solos degradados pelo cultivo, melhorar os solos naturalmente pobres e conservar aqueles que já são produtivos.

A adubação verde consiste no cultivo de plantas, em rotação/sucessão /consorciação com as culturas, que melhoram significativamente os atributos químicos, físicos e biológicos do solo. As plantas denominadas “Adubos Verdes” tem características recicladoras, recuperadoras, protetoras, melhoradoras e condicionadoras de solo. Englobam diversas espécies vegetais, porém a preferência pelas leguminosas está consagrada também por sua capacidade de fixar nitrogênio direto da atmosfera, por simbiose.

A técnica é responsável por benefícios como o aumento da capacidade de armazenamento de água no solo; o controle de nematóides fitoparasitos; a descompactação, estruturação e aeração do solo; a diminuição de amplitude da variação térmica diuturna do solo; o fornecimento de nitrogênio fixado direto da atmosfera; a intensificação da atividade biológica do solo; a melhoria do aproveitamento e eficiência dos adubos e corretivos; a produção de fitomassa para formação da cobertura morta; proteção de mudas-plantas contra o vento e radiação solar; proteção do solo contra os agentes da erosão e radiação solar; rápida cobertura do solo e grande produção de massa verde em curto espaço de tempo; reciclagem de nutrientes lixiviados em profundidade; recuperação de solos de baixa fertilidade; redução da infestação de ervas daninhas, incidência de pragas e patógenos nas culturas; suprimento de matéria orgânica ao solo; fitorremediação, desintoxicação do solo, redução de metais pesados e/ou resíduos de defensivos; produção de matéria-prima para compostagem e contribui ainda para o seqüestro de carbono.

A adubação verde propicia ainda resultados como aumento de produtividade e melhoria da qualidade do produto; a redução no consumo de adubo nitrogenado, no controle de erva daninha e de nematóides além da recuperação, manutenção e melhoria da capacidade produtiva do solo.