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Embrapa recomenda opções de cultivares de feijão para MG

Irrigação e alta tecnologia elevam produtividade do feijão de terceira safra



Na hora de escolher a cultivar certa para plantar, o agricultor do norte e nordeste de Minas Gerais, que semeia o feijão de terceira safra entre abril e junho, conta com uma série de alternativas. Resta observar aquela que melhor atenda suas necessidades e condições de cultivo, bem como as oportunidades de comercialização.

A Embrapa Arroz e Feijão de Santo Antônio de Goiás (GO), em parceria com a Universidade Federal de Lavras (UFLA), Universidade Federal de Viçosa (UFV) e Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), recomenda pelo menos oito opções de materiais recém-lançados, oriundos de programa de melhoramento genético.

São indicadas para plantio a BRSMG Talismã, BRS Pontal e BRS Requinte (carioca); BRS Valente e BRS Grafite (preto); BRS Radiante (rajado); BRS Timbó (roxinho); e BRS Vereda (rosinha). Elas apresentam maior produtividade, em comparação às respectivas cultivares com mesmo tipo de grão já semeadas, conforme ensaios feitos a campo.

Segundo a pesquisadora Ângela Abreu, essa superioridade, calculada pela média dos experimentos, varia de 1,6% (2.601 quilos por hectare), alcançada pela BRS Radiante, a 21,8%, observada na BRS Valente (2.998 quilos por hectare). Quanto a duas doenças prevalecentes, todas as cultivares têm resistência a pelo menos duas raças de antracnose e a BRSMG Talismã, BRS Timbó e BRS Vereda possuem reação intermediária à mancha-angular.

Ângela Abreu explica que o aparecimento de antracnose, principalmente no início do desenvolvimento da planta, e a ocorrência precoce de mancha-angular podem ocasionar sérios prejuízos à lavoura. Para ambos males, a obtenção de cultivares resistentes é um processo contínuo, uma vez que há grande variabilidade do fungo causador de cada doença. Por exemplo, só em Minas Gerais já foram identificadas 20 raças do agente patogênico da mancha-angular.

Um atrativo adicional das cultivares indicadas para plantio é o porte ereto das plantas, com a inserção de vagens mais alta, ou seja, distante do solo. Isso facilita a realização de tratos culturais e favorece a colheita mecanizada. Nesse aspecto, destacam-se BRS Valente, BRS Radiante, seguidas por BRS Grafite, BRS Timbó e BRS Vereda, com porte semi-ereto.

Além das propriedades agronômicas desejáveis, Ângela Abreu acrescenta que as cultivares, com exceção da BRS Radiante, apresentam tempo de cozimento igual ou inferior a 30 minutos, sendo as mais rápidas a BRS Grafite (20 minutos) e BRS Requinte (22 minutos).

Ainda sem perder de vista as características do mercado consumidor, espera-se que os materiais atendam à demanda por produtos diversificados. Embora predomine em Minas Gerais o gosto pelo feijão carioca, há na Zona da Mata preferência por grãos de cores preta e vermelha. Para os tipos rajado, rosinha e roxinho, existem nichos que remuneram o agricultor com melhores preços.

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