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Empresa de tabaco vai fabricar vacina contra Covid-19

Meta é iniciar testes clínicos e a fabricação das doses ainda em junho


Foto: Eliza Maliszewski

A controladora da Souza Cruz, British American Tobacco (BAT), multinacional do tabaco, informou à Gazeta do Sul, que no mês de junho deve começar a fabricar vacinas contra o coronavírus (Covid-19). 

O projeto teve inicio em abril, com desenvolvimento das doses em plantas de tabaco, método considerado mais seguro e rápido, em comparação aos convencionais. Um dos motivos é que as plantas não hospedam patógenos (como bactérias, por exemplo) que causam doenças em humanos. Além disso, os elementos da vacina acumulam-se em plantas de tabaco em seis semanas, enquanto pelos métodos convencionais o processo leva meses.

O trabalho está sendo realizado nos Estados Unidos, junto à Kentucky BioProcessing (KBP), subsidiária de tecnologia da multinacional, e encontram-se em fase de testes pré-clínicos – ou seja, sem aplicação em humanos, apenas em animais. 

Se tudo der certo, será possivelmente a primeira vacina contra o coronavírus a chegar ao mercado, embora haja diferentes pesquisas em andamento em diversas partes do mundo. Segundo a empresa, “com os parceiros certos e o apoio das agências governamentais”, será possível produzir entre 1 milhão e 3 milhões de doses por semana, a partir de junho.

O método

As folhas de tabaco não fazem parte da vacina em si. A empresa clonou uma parte da sequência genética da Covid-19, o que levou ao desenvolvimento de um potencial antígeno – substância que induz a uma resposta imune no corpo e, em particular, à produção de anticorpos.

Essa substância foi, então, inserida em plantas de tabaco para reprodução. Quando as plantas foram colhidas, o antígeno estava purificado.
 

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