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Empresas de MT aceleram entregas de máquinas

Os estoques ficaram pequenos e os pedidos vieram de uma vez


Depois de dois anos sem expor na Exposição Agropecuária, Industrial e Comercial de Sinop (Exponop), as empresas revendedoras de maquinários agrícolas marcam presença na 23ª edição da feira e começam a trabalhar em negócios futuros. As expectativas de visitas e interesse do público pelos produtos estão sendo superadas e muitas empresas até já começaram a sinalizar para negócios.

É o que afirma o gerente de uma empresa que trabalha com recebimento e comercialização de grãos, além da venda de maquinários. Edson Bertão explica que o último ano de participação da empresa na feira foi em 2004 e que hoje o que influenciou na exposição foi o preço da soja.

“O agronegócio está se recuperando, hoje temos preços muito bons para a soja, acredito que nunca vistos nos últimos dois anos. Nosso objetivo principal é mostrar a empresa e seus produtos para posteriormente trabalhar nas vendas”, disse. Estão expostos tratores de aproximadamente R$ 130 mil, aplicadores de produtos químicos, de R$ 320 mil, e até plantadeiras com custos de R$ 80 mil. “Cerca de 300 produtores já visitaram o estande, eles estão tendo muitas opções de escolhas nesse ano”, salientou Bertão.

A empresa de Nélio Santiago está apresentando uma novidade, o caminhão adubador. “Somos a única empresa que tem esse caminhão em Sinop. Ele é simples, mas com o aplicador de adubo acoplado e serve para trabalhar na roça. Normalmente a adubagem é feita com as mesmas máquinas que plantam ou colhem, agora poderá ser feita com um equipamento específico”, salientou. Esse caminhão custa em média R$ 300 mil. Ainda estão sendo expostos abastecedores de adubo, implementos, plantadeiras e patrolinhas para abrir estradas em fazendas, todos numa média entre R$ 80 e R$ 100 mil.

A exposição na feira, além de apresentar as empresas agrícolas, está oferecendo oportunidades de vendas, talvez além do esperado ou da capacidade das revendedoras. “Essa alavancada no mercado agrícola está deixando o produtor animado para investir. Quando antes entregávamos uma colheitadeira na hora da compra, porque havia de sobra nos estoques, hoje entregamos com pelo menos 90 dias de prazo. Os maquinários estão sendo vendidos muito rápidos”, completou Edson Bertão.

Segundo ele, um dos motivos pode ser a crise. “As indústrias pararam de fabricar, ou diminuíram a produção por causa do período de crise pelo qual a região passou. Com isso os estoques ficaram pequenos e os pedidos vieram de uma vez. Dessa forma não é possível abastecer a todos de uma vez”, explicou.

Um outro proprietário, Jaime Demarchi, que trabalha com máquinas para produção de cana-de-açúcar, além das de grãos, pede para que os produtores aceitem os prazos, muitas vezes longos, de entrega, porque as indústrias também estão recuperando a produção que tinha antes da crise. “Se demorarmos muito para entregar, corremos o risco de perder a venda, principalmente quando são tratores e implementos, os produtos mais vendidos”, reforçou.

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