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Ensino agrícola do futuro deve ter foco em gestão e sustentabilidade

Tema foi debatido por especialistas na última edição do Agropauta Web Talks do ano


Foto: Nadia Borges

Diante de um ano de pandemia que mudou paradigmas da educação em geral, o ensino técnico agrícola precisou se adaptar, mesmo tendo diferenças como laboratórios vivos de animais e plantas além de experimentos. O tema foi debatido no último Agropauta Web Talks do ano, organizado pela AgroEffective, realizado na noite do dia 9 de dezembro. Participaram o presidente da Associação Gaúcha dos Professores Técnicos de Ensino Agrícola (Agptea), Fritz Roloff, o diretor presidente da Cooperativa Educredi, Elson Sena, e o presidente do Conselho das Escolas Técnicas Agrícolas Estaduais do Rio Grande do Sul, Luiz Carlos Cosmam.

Outro assunto abordado também no evento virtual foi os desafios da formação no campo, com as dificuldades que a falta de recursos impõe aos educadores. Além disso, o meio ambiente e a gestão das pessoas aliada ao conhecimento e a cidadania na tomada de decisões de novos modelos agropecuários foram levantados pelos participantes.

Conforme Cosmam, mais do que nunca a educação no campo tem um viés social muito importante, que acaba por diferenciar alunos que têm acesso à tecnologia dos que não possuem estes recursos. “A maior preocupação deve ser a inclusão social. Este ano nos mostra a diferença de um aluno que tem acesso à tecnologia que pode acompanhar estas aulas e de forma virtual fazer esta formação, e ao que não tem, com dificuldades muito grandes e isso distancia muito as pessoas”, salientou.

Para Sena, o meio ambiente é interligado diretamente com o agronegócio. A cooperativa mantém um projeto de educação ambiental, o Sala Verde, que auxilia professores neste quesito. “Traduzimos aos alunos esta educação ambiental para que eles cheguem em suas propriedades possam realizar todos estes ensinamentos ambientais na água e no solo. Todas estas questões estão ligadas à produção agropecuária, por isso temos este papel importantíssimo”, destacou.

Roloff ressaltou que a escola tem entre suas tarefas mostrar modelos de gestão ao aluno para que este possa ter sua tomada de decisão. “Sabemos da importância da produção de grãos para os mercados e não podemos conceber o mundo sem a tecnologia, mas precisamos utilizar isto de forma racional. O aluno da escola agrícola precisa ser confrontado com isto, que tipo de cidadão queremos formar. Ser a favor da vida não se aprende em uma semana e este também é papel da escola, e isto acontece na convivência”, observou.

Ao todo, a AgroEffective realizou de outubro a dezembro sete eventos virtuais com os mais variados temas do setor agropecuário. Todos estão disponíveis no YouTube da agência. Em 2021 novas edições serão realizadas.

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