Entenda o surto de febre maculosa
Nesta quinta-feira (15.06), foi confirmado pela Secretaria de Saúde de Campinas a morte por febre maculosa da adolescente de 16 anos

A febre maculosa é uma doença infecciosa, febril aguda e de gravidade variável. Ela pode variar desde as formas clínicas leves e atípicas até formas graves, com elevada taxa de letalidade. A febre maculosa é causada por uma bactéria do gênero Rickettsia, transmitida pela picada do carrapato. No Brasil duas espécies de riquétsias estão associadas a quadros clínicos da febre maculosa.
Segundo informações do Ministério da Saúde, no Brasil, os principais vetores são os carrapatos do gênero Amblyomma, tais como A. sculptum (= A. cajennense) conhecido como carrapato estrela, A. aureolatum e A. ovale. Entretanto, potencialmente, qualquer espécie de carrapato pode albergar a bactéria causadora da ebre maculosa, como por exemplo, o carrapato do cachorro.
O diagnóstico oportuno da ebre maculosa é muito difícil, principalmente durante os primeiros dias de doença, tendo em vista que os sintomas também são parecidos com outras doenças, como leptospirose, dengue, hepatite viral, salmonelose, encefalite, malária, meningite, sarampo, lúpus e pneumonia. No entanto, o médico fará avaliação dos sintomas e perguntará onde você mora ou se esteve em locais de mata, florestas, fazendas, trilhas ecológicas, onde possa ter sido picado por um carrapato, ele também poderá solicitar uma série de exames para confirmar ou contribuir com o diagnóstico.
Nesta quinta-feira (15.06), foi confirmado pela Secretaria de Saúde de Campinas a morte por febre maculosa da adolescente de 16 anos que estava internada na cidade do interior de São Paulo. A jovem de 16 anos morreu na terça-feira (13). Os outros três óbitos confirmados pelo Instituto Adolfo Lutz para febre maculosa são da dentista Mariana Giordano, de 36 anos, do piloto de automobilismo Douglas Costa, de 42 anos, namorado de Mariana, e de uma mulher de 28 anos, de Hortolândia. Os três morreram no dia 8 de junho. De acordo com a prefeitura, as quatro pessoas estiveram na Fazenda Santa Margarida no dia 27 de maio.
Outros dois casos suspeitos, de pacientes internadas, são investigados. Uma das pacientes com suspeita da doença é uma mulher de 38 anos, de Campinas, que esteve em evento no local no dia 3 de junho e apresentou início de sintomas no dia 10. A outra paciente é uma mulher, de 40 anos, moradora de Hortolândia, que apresentou sintomas no dia 10 e segue internada em um hospital privado de Campinas, aguardando resultado do exame laboratorial.