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Entressafra pode encarecer alimentos

A banana está entre os produtos que devem ter o preço reajustado, assim como a carne e o leite



O consumidor pode começar a preparar o bolso. No segundo semestre, os alimentos devem ficar mais caros por conta da entressafra de algumas culturas. Entre os produtos que podem ter o preço reajustado estão carne e leite - dependendo do clima e do efeito que provocar nas pastagens -, óleo de soja, banana, batata e tomate. Alimentos como hortaliças e verduras também ficam suscetíveis a aumento de preço em função das variações climáticas. O primeiro semestre foi marcado pela redução do preço dos alimentos porque grande parte dos produtos está em época de safra neste período.

O economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese), Sandro Silva, disse que nos últimos anos a alimentação tem subido menos que a inflação devido a redução da cotação internacional de vários produtos. Além disso, o Brasil vem aumentando a produção de algumas culturas como a cana-de-açúcar, o que vai fazer a oferta crescer no mercado interno e forçar a queda dos preços.

A cesta básica de Curitiba de junho, formada por 13 itens, teve redução de 3,86%. No ano, a cesta acumula queda de 9,72% e nos últimos 12 meses redução de 5,15%. Os dois produtos que puxaram a queda da cesta foram o tomate e a batata com queda de 32,77% e 15,79%, respectivamente. Caso estes dois produtos tivessem ficado estáveis, a cesta teria uma alta de 0,04%. O preço dos dois produtos caiu pelo fato de estarem em período de safra.

De acordo com Silva, a redução no preço da cesta aconteceu em 14 das 16 capitais pesquisadas pelo Dieese. Curitiba teve a quinta maior queda entre as 16 Capitais que fazem parte do levantamento. Em junho, a cesta de Curitiba para uma família formada por um casal e duas crianças teve o custo de R$ 479,16. Em maio e junho, a cesta já acumula uma queda de 7,27%.

Além da batata e do tomate, tiveram queda de preço a farinha de trigo (-5,95%), feijão ( 4,69%), pão (-2,90%), manteiga (-2,88%), açúcar (-2,44%), café (-2,08%) e óleo de soja (-0,98%). O leite ficou estável. Os produtos que aumentaram foram carne (+2,67%), banana (+1,76%) e arroz (+1,47%). O Dieese estima que o salário mínimo necessário seria de R$ 1.447,58.

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